Jairo Britto homenageia Centro de Reabilitação e Valorização da Criança

Ele tem objetivos nobres como a reabilitação de crianças e jovens com deficiências, assim como o de minimizar o nascimento de crianças com deficiências a partir de ações preventivas. O Centro de Reabilitação e Valorização da Criança (Cervac), que completa 30 anos de fundação, foi homenageado pelo vereador Jairo Britto (PT), em reunião solene realizada na manhã desta terça-feira (28). O plenário da Câmara Municipal do Recife ficou lotado de pais e mães de usuários, crianças e adolescentes especiais, além de parceiros e simpatizantes que contribuem na luta que a entidade vem travando ao longo de três décadas para promover a inclusão social.

A solenidade, iniciada às 10h, foi presidida pelo vereador Eduardo Marques (PSB), também presidente da Câmara do Recife. Fizeram parte da mesa o coordenador do Cervac, Marcos Ferreira; a procuradora Sineide Canuto, coordenadora do Núcleo de Justiça de Casa Amarela; o ex-prefeito João da Costa; a representante das famílias, Edejavane dos Anjos; representante dos usuários, João Pedro; e a representante das ONGs parceiras do Cervac, Flávia Regina. “Para nós é uma obrigação e um prazer prestar esta homenagem ao Cervac. Esta casa é de vocês”, saudou o vereador.

O primeiro a falar foi o usuário João Pedro. Ele contou a história de sua vida e disse que o Cervac “é amor, é vida e é muito bonito”. Encerrou a fala de dois minutos dizendo que é uma “pessoa feliz” por causa do Centro de Reabilitação. A segunda a falar foi a mãe de um usuário.  Edejavane dos Anjos relatou que, quando descobriu que o filho era portador de necessidades especiais, peregrinou por diversas instituições. “Finalmente, fui acolhida pelo Cervac. Além de profissionais, o Centro tem profissionais dedicados, que trabalham com amor a afeto; que sabem ouvir”, disse.

Flávia Regina, representante das ONGs parceiras, disse que o Cervac foi um sonho que se tornou realidade na vida de muitas crianças que hoje são adultas. “Dos 30 anos, somos parceiros há 16. Que este sonho continue vivo”, afirmou. Ela é representante da ONG alemã Kinderthilfe (KNH Brasil Nordeste). A representante da Secretaria de Saúde do Recife (DS VII), Ana Beatriz Vasconcelos,  disse que o Centro é “uma instituição séria, que tem a cidadania como pauta e faz um serviço de inclusão social”. Como trabalhadora da saúde, ela disse que a entidade “é referência para outras”.

A gerente de Educação Especial, Sandra Oliveira, observou que o Cervac tem convênio com a  Secretaria de Educação do Recife desde 2016. “Observamos que esta parceria vem se desenvolvendo muito bem. Os profissionais trabalham visando a qualidade do serviço e a potencialização das habilidades”. O ex-prefeito João da Costa afirmou que o centro nasceu de uma reação popular. “Foi necessário o Morro da Conceição se unir e, com as próprias forças, tratar aqueles que são tratados de forma diferente. Esta solidariedade foi o valor fundamental para enfrentar a indiferença do estado”.

O coordenador do Cervac, Marcos Ferreira, contou a história da entidade, que começou numa sala da Casa Paroquial. “Quando nos unimos, há 30 anos, não sabíamos o que iríamos fazer. Mas, sabíamos que precisávamos fazer alguma coisa. O Cervac somos todos nós que estamos aqui e que participamos do dia a dia”. O padre Reginaldo Veloso, que foi pároco do Morro da Conceição, sede da entidade, fez um discurso religioso e político. Fez uma breve retrospectiva da história das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e do Movimento de Adolescente e Crianças (MAC), criados há 50 anos. “Desses dois movimentos brotou esse ramo florido, que é o Cervac”.

As percussoras e o precursor do Cervac, Marcos Ferreira, Abelena Lopes e Mauricéa Santiago receberam flores. Em seguida, a banda do Centro de Reabilitação e Valorização da Criança, que é formada por 12 usuários, fez apresentações. O Cervac é instituição que começou a dar seus primeiros passos em junho de 1988 e dispõe de uma equipe multidisciplinar, que é formada por fisioterapeutas, fonoaudiólogas, psicólogas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, pedagogas, professoras, músicos, artes-educadoras e educadoras comunitárias. Em 2017 deu assistência a 350 crianças, adolescentes e jovens.


Em 28.08.2018, às 11h55.

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