João da Costa comenta cenário político e critica generalização contra o PT

Em uma tarde de debates sobre a situação política nacional, o vereador João da Costa (PT) ocupou a tribuna da Câmara do Recife, nesta quarta-feira (26), para fazer sua análise sobre o tema. O parlamentar pediu respeito às regras do estado democrático de Direito e criticou os setores que promovem generalizações contra o Partido dos Trabalhadores.

Para João da Costa, o combate à corrupção foi instrumentalizado por alas mais à direita do espectro político brasileiro. “A direita e os donos do poder historicamente sempre se apegaram ao combate da corrupção para manter desigualdades e fomentar privilégios. O PT saiu do poder e a direita, mesmo após eleger Bolsonaro, tem como prioridade absoluta falar de Lula e combater o PT, que não governa há quatro anos. E os 14 milhões de desempregados, e o fechamento de diversas empresas?”, questionou.

O vereador expressou sua opinião acerca do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e falou sobre a conduta do ex-juiz Sergio Moro no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O atual ministro da Justiça teve conversas suas com membros do Ministério Público vazadas pelo site jornalístico The Intercept Brasil – o que pode indicar a existência de conluio e o tornaria suspeito para julgar o caso à época. “Houve um golpe contra a presidenta Dilma e o crime que ela cometeu até agora a direita não disse. É preciso responsabilidade política com a democracia. Há, sim, vícios na condução do processo por Moro, e quem diz isso não é o PT. A OAB pediu sua saída.”

Em um aparte, o vereador Rodrigo Coutinho (SD) disse discordar do colega. “O PT não é diferente de nenhum outro partido, em que há gente boa e gente ruim. Quando Vossa Excelência fala da presidente Dilma, houve sim uma irregularidade: pedalada fiscal. Na gestão do Partido dos Trabalhadores, foram desviados da Petrobras R$ 6 bilhões que foram constatados. Isso é uma situação bastante grave.”

"PEDALADAS EXISTIRAM" - O vereador André Régis (PSDB), rebateu  João da Costa que havia defendido a ex- presidente Dilma Roussef afirmando, entre outras coisas, que ela foi impedida de governar injustamente porque não houve pedaladas fiscais, alegadas à época. Mas, André Régis frisou que de fato as pedaladas foram realizadas e ficaram comprovadas ao longo do processo.

O vereador disse ainda que o colega quis colocar no colo do atual presidente Jair Bolsonaro a crise econômica sem precedentes pela qual o país passa. “Bolsonaro teria de ter um alto poder destrutivo para em seis meses conseguir levar o país à falência. Essa crise é legado do PT”.

André Régis alfinetou o colega afirmando que o mesmo não levantava nenhum tema ligado a essa legislatura, até porque, segundo ele, João da Costa está na base do governo, pois o PT  é agora aliado do PSB.

Em 26.06.2019, às 18h53

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