João da Costa destaca nota de solidariedade do PT ao PSOL

Na tarde desta terça-feira (12), na Câmara Municipal do Recife, o vereador João da Costa ( PT) destacou a nota de solidariedade emitida ao PSOL pela direção nacional do Partido dos Trabalhadores. O documento lamenta a morte da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e do motorista Anderson Gomes, bem como expressa a necessidade de que o processo de apuração do crime seja rigoroso. “A prisão dos suspeitos Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, nesta manhã, não encerra o caso”, afirmou.

O parlamentar demonstrou, na tribuna da Casa, a preocupação com a postura do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel,  durante a coletiva para o anúncio das prisões. “Há sinalizações de que com a prisão dos suspeitos, o caso está encerrado”, criticou. Por isso, ele fez questão de enumerar outros casos, como o assassinato do ambientalista Chico Mendes e o da  freira missionária Dorothy Stang: “Houve mandantes. Esses mandantes precisam ser identificados e a justiça feita”.

Para João da Costa não é possível admitir um país em que ideias e  ideologias políticas sejam caladas com a violência. “Representantes de movimentos de trabalhadores rurais e urbanos são assassinados politicamente, em crimes que não são apurados”, lamentou. Em seguida afirmou que “nós não vamos aceitar que esse caso seja encerrado com a prisão dos suspeitos”.

O vereador Ivan Moraes (PSOL), por sua vez, agradeceu em nome de seu partido, a solidariedade do PT e reforçou a necessidade de apuração do crime. “Se o governador do Rio sinalizou que estava encerrado, não é aceitável”. Lembrou ainda que a placa de rua feita em homenagem à vereadora Marielle Franco foi quebrada durante um ato de campanha do então candidato ao governo, Wilson Witzel.  Mesmo considerando que operação Lume da Polícia Civil e a prisão dos suspeitos foram importantes, acredita que não é o suficiente. “Não precisamos saber apenas quem dirigiu  o carro e puxou o gatilho, precisamos saber quem deu a ordem”.

Outro vereador a concordar com esta opinião, foi Jayme Asfora (sem partido). “É um assunto fundamental para qualquer democrata. O que está em jogo é a democracia, o estado de direito”.  Lamentou que um crime ousado como este tenha acontecido no centro do Rio da Janeiro. “Concordo que temos de cobrar e pressionar para que essa investigação vá até o fundo”. Ressaltou também que “não é um fato irrelevante que um dos suspeitos viva em um condomínio de luxo. O assassinato de Marielle Franco é o assassinato de qualquer um de nós”.

Em 12.03.2019, às 18h13

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