Josenildo homenageia a Santa Casa de Misericórdia

Por iniciativa do vereador Josenildo Sinésio (PT), a Câmara Municipal do Recife realizou hoje, 25, sessão solene em homenagem aos 153 anos de fundação da Santa Casa de Misericórdia do Recife, uma irmandade que tem como missão o tratamento e sustento a enfermos e inválidos. Atualmente o trabalho contempla 11 instituições, sendo três em saúde, duas em educação e seis em assistência social. “Cuidar de quem tem posses e que pode remunerar pelos cuidados é uma coisa. Mas se dedicar a cuidar dos carentes, dos pobres, dos excluídos do mundo, é uma tarefa que, para ser desempenhada, é preciso a presença no coração daquele amor ao próximo que o Cristo tanto exemplifica nos evangelhos”, disse o vereador.

A solenidade começou às 10h30 com a execução do hino nacional e foi presidida pelo vereador Eduardo Marques (PTB). Em seguida, o vereador Josenildo Sinésio fez o discurso e citou o Evangelho de São Mateus, capítulo 11, versículo 28. “Acho que esse trecho do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo traduz, em suas poucas palavras, o maravilhoso trabalho da Santa Casa de Misericórdia do Recife. Diz o Evangelho: ‘O senhor não daria banho a um leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um leproso.” Esta mesma frase, de acordo com o vereador, foi dita pela Madre Teresa de Calcutá, “uma das mulheres mais admiráveis que se tem notícia e que dedicou a sua vida a cuidar dos despossuídos da terra”.

De acordo com o vereador, a origem das “misericórdias”, como é chamada a irmandade, é anterior à descoberta do Brasil. “Segundo os registros, a missão principal das Santas Casas era a caridade. Estavam incluídos aí o tratamento dos doentes, atenção aos presos, socorro a necessitados e órfãos. Depois de se espalhar por vários continentes, a ordem se estabeleceu no Brasil em 1539, exatamente em Olinda, na época, capital da Província de Pernambuco”, disse.

No Alto da Sé, já em 1540, foram construídos a Igreja de Nossa Senhora da Luz e um hospital, que hoje é a Academia Santa Gertrudes. Com a transferência da capital para o Recife, em 1825, a Irmandade foi dissolvida em 1860.

Depois, contou com diversas doações que ajudaram a construir seu patrimônio imobiliário e recursos para manutenção das obras sociais, oriundos de parcerias e convênios com entidades nacionais e estrangeiras. É a única organização do gênero no Brasil que permanece subordinada à autoridade eclesiástica local, ou seja, ao arcebispo de Olinda e Recife. Até o início da década de 70, a Santa Casa era dona dos maiores hospitais da rede pública do Recife e Região Metropolitana (Oswaldo Cruz, Hospital Pedro II, Ulysses Pernambucano, Hospital Infantil e Maternidade Professor Oscar Coutinho, Hospital da Mirueira, Hospital Infantil da Jaqueira e o Hospital Santo Amaro). A irmandade foi cedendo esses hospitais, através de convênios, para o Estado ou entidades privadas e, atualmente, apenas o de Santo Amaro ainda é administrado pela Santa Casa.

O diretor executivo, Fernando Costa, que recebeu medalha e diplomas comemorativos, em nome da irmandade, discursou em seguida. “Completar 153 anos de serviço aos mais carentes com credibiliade sempre inovadora é um desafio e uma meta constante para todos os que integram o nosso complexo de 11 unidades. Falo de dirigentes e colaboradores, todos responsáveis por um dos momentos mais férteis e singulares de nossa história, haja vista o número de conquistas e ampliação crescente do nosso atendimento”, afirmou.

Fizeram parte da mesa, a diretora de patrimônio e Jurídico da Santa Casa, Rilane Dueire; o diretor executivo, Fernando Costa; o diretor administrativo-financeiro, Nelson Borges; o vice-governador do Estado, João Lyra . A solenidade teve apresentações do cantor Silvério Pessoa, do Coral da Misericórdia e da cantora lírica Célia Regina.

 Em 25.08.2011, às 12h30