Jurandir Liberal lembra 81 anos do voto feminino no país

Para lembrar uma das conquistas importantes na consolidação da democracia brasileira, o vereador Jurandir Liberal (PT) ressaltou na reunião plenária desta segunda-feira, 25, os 81 anos do voto feminino no país. A data comemorada oficialmente em 24 de fevereiro é, segundo o parlamentar, fruto de uma longa luta iniciada antes mesmo da Proclamação da República, quando foi aprovado um código eleitoral provisório, através de um decreto.

Jurandir Liberal ressaltou que a aprovação desse código se deu com restrições, só podendo votar mulheres casadas, viúvas e solteiras com renda própria. “Somente em 1934, as restrições ao voto feminino foram eliminadas do código eleitoral, mas ainda assim a obrigatoriedade do voto só aconteceu para as mulheres em 1946”. Ele lembrou que a luta não foi fácil e muitos homens e mulheres arregaçaram as mangas para lutar, a exemplo da bióloga Lutz, que trouxe de Paris os ideais sufragistas.

Também falou sobre a militante Maria Lacerda de Moura, que fundou junto com Bertha Lutz a Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher. Em 1922, esta Liga passou a se chamar Federação pelo Progresso Feminino. O vereador lembrou ainda a participação da pernambucana Josefina Azevedo que em 1888 fundou o Jornal “A Família”, onde publicava obras jornalísticas e literárias que reproduziam a essência de sua militância pelos direitos da mulher e do voto. “Hoje as mulheres superam os homens em 5 milhões de votos. No entanto, não conseguiram se fazer representar de forma mais consistente no legislativo. Elas ocupam menos de 10% de cargos de chefias nas prefeituras e nas Câmaras são 12% dos vereadores e em Recife são 13%”.

Jurandir Liberal acredita que com a lei de cotas, que determina que pelo menos 30% dos inscritos nos partidos sejam mulheres, com apoio financeiro e participação no guia de TV, essa desigualdade poderá mudar. “Não podemos esquecer que em 2010 o Brasil deu um salto nesse sentido elegendo uma mulher para presidente do país. Somos um dos 20 países no mundo a ter uma mulher na chefia do poder executivo, aumentando o número de ministras, presidentes de empresas e órgãos públicos. Mas, muito ainda precisa ser feito, avançando inclusive nos direitos já conquistados”.

 

Em 25.02.13, às 18h04.