Marília Arraes entra em licença maternidade

A vereadora Marília Arraes (PSB) despediu-se temporariamente do mandato pelo prazo de 4 meses para cumprir licença maternidade. Em seu lugar, durante este período, quem vai assumir é o suplente dela Maré Malta (PSD). De acordo com a parlamentar, o suplente está alinhado com suas posições e ficará na oposição. Embora o partido dela esteja na base do governo, a vereadora desde as eleições passadas demonstrou insatisfação com a condução política que vem sendo dada pelo partido. Já discordou publicamente e disse esta tarde na Câmara do Recife que “se sentia enganada pelo crescimento desordenado do PSB e da falta de responsabilidade política que vem sendo desempenhada”.

Ao mesmo tempo em que se despediu temporariamnete do mandato, ela aproveitou para se colocar contra aos colegas que repudiaram a forma como integrantes do movimento Ocupe Estelita se comportaram na cidade nos últimos dias, quando ocuparam as galerias da Câmara e no dia seguinte foram às ruas e ao Shopping Riomar. Para ela, o protesto começou aqui dentro da Casa José Mariano que não permitiu que o projeto fosse novamente discutido. “A manifestação foi legítima e não houve intercorrência grave na cidade”.

Isabella de Roldão (PDT) lamentou que os portões e portas da Câmara do Recife tenham sido fechadas impedindo que manifestantes entrassem e participassem da reunião que votaria o projeto Novo Recife. “É uma forma de violência que vem sendo adotada toda vez que se fala em reunião e participação popular. Nossa democracia está fragilizada. O contraditório não é mais aceito nesta Casa”.

Jurandir Liberal (PT) acha que não se pode condenar o movimento Estelita como alguns fizeram na Casa e ao mesmo tempo estimular a sociedade para um panelaço contra o PT. “Espero que Pernambuco não adote o mesmo comportamento do Paraná que agrediu professores. A votação do Novo Recife não foi clara, foi uma reunião confusa, conduzida de forma errada. A oposição se retirou porque votava contra o projeto e a condução da votação. Osmar Rcardo (PT) cosiderou o projeto uma brutaliadde contra a cidade. Ele defendeu a manisfestação.

Wanderson Florêncio (PSDB) disse que não era contra o movimento nem as manifestações, mas não podia admitir excessos. Mesmo que tenha havido falhas não se justifica invadir patrimônio privado como o Shopping Riomar ou desrespeitar patrimônio público como a Câmara dos vereadores. “Quero protestar contra os protestos, contra a forma anormal de comportamento dos manifestantes. Não foi respeitosa e não garantiu às pessoas que não têm a mesma convicção se manifestarem contrários. O Riomar é um estabelecimento comercial e a Câmara patrimônio do povo”. Jairo Britto (PT) considerou que o movimento era contra o projeto e queria suspender o que tinha sido feito para rediscutir. “Não se pode discutir onde a manifestação foi feita. Temos que discutir o mérito da questão. Eles querem rediscutir o projeto”.

 

Em 06/05/2015 às 17h16.