Marília Arraes lembra 32 anos da Anistia

Marília Arraes disse ainda que com muito orgulho carrega  nos ombros esta história. Para ela, graças a toda a luta e direitos conquistados teve oportunidade de ser candidata e eleita pelo voto direto. “Tenho mais que um compromisso, um sentimento, de que viver não teria sentido sem defender a verdadeira justiça social e assim conquistar a democracia”.

A secretária municipal de Direitos Humanos, Amparo Araújo, recebeu a homenagem e leu um manifesto do Comitê Memória Verdade e Justiça de Pernambuco criado na terça-feira 23. Ela lembrou no documento que o nordeste e Pernambuco possuem parte de sua história marcada por repressões brutais contra a liberdade de expressão. “Nosso canaviais além de serem descritos pela poesia de João Cabral de Melo Neto também foram palco de resistência. A criminalização de mulheres e homens, integrantes de movimentos populares pautou a ação dirigida pelo Golpe Militar de 1964 que em Pernambuco exilou personalidades”.

Amparo Araújo disse que o conteúdo aparentemente apaziguador da Lei de Anistia esconde os interesses dos grupos dominantes e trona-se responsável pela violação de direitos humanos, como a ausência do direito à memória, à verdade e à justiça. A ditadura impôs uma lei de anistia sem negociar com a sociedade. Por isso esse manifesto”.

A reunião, presidida pelo presidente da Casa, vereador Jurandir Liberal (PT), contou com a presença de diversos vereadores. Estiveram presentes o secretário executivo estadual de Justiça e Direitos Humanos, Paulo Moraes, Marcelo Santa Cruz, vereador de Olinda e o jornalista Marcelo Mário Melo.

Em 24.08.2011, às 19h04.