Marília Arraes relata problemas em visita a obra no Pilar

A vereadora Marília Arraes (PSB) relatou na tarde desta quarta-feira (30) ter enfrentado, na manhã do mesmo dia, problemas que teriam frustrado uma tentativa de visita às obras de urbanização da comunidade do Pilar, no bairro do Recife, conduzidas pela prefeitura da capital pernambucana. Ela disse ter sido impedida de entrar no canteiro por falta de equipamento de segurança individual e afirmou ter sido destratada por um engenheiro que trabalhava no local.

“Como parlamentar, temos todo o direito de fiscalizar obras feitas com o dinheiro do contribuinte. Fui desacatada pelo engenheiro responsável. Isso não são modos de tratar nenhum cidadão. Eu gostaria de falar não só do que aconteceu, mas também sobre como vamos resolver a situação na comunidade”, afirmou, apontando atrasos na entrega da obra.

Marília Arraes destacou também a existência de atrasos na entrega da obra. “As obras estão em atraso, mas infelizmente só pude vê-las do lado de fora. Os moradores estão sem saber quando vão ser chamados. Os dois blocos habitacionais que foram entregues estão com rachaduras e vazamentos. Quero pedir que acompanhemos o que vem acontecendo lá na comunidade do Pilar”, explicou.

O vereador Osmar Ricardo (PT) fez considerações sobre o caso em um aparte. “Ali é uma área nobre, está no centro do Recife. Por isso creio que não há interesse”, ponderou. Ele lembrou que a obra foi uma conquista de seu partido e parabenizou Marília Arraes por trazer o assunto para a Câmara Municipal.

Já o vereador Jurandir Liberal (PT) se disse preocupado com a não realização da visita e questionou se haveria necessidade de fazer um aviso prévio à fiscalização. “O papel do vereador está muito claro. Ser fiscal do Executivo é uma de suas funções. Qualquer vereador tem a liberdade de fiscalizar qualquer obra do município”.

Participou ainda da discussão o vereador André Régis (PSDB). “A vereadora Marília Arraes não deveria ter deixado o local antes de ter feito a devida fiscalização. As normas já estabelecem que todo o equipamento já esteja disponível para os órgãos de fiscalização. Ela deveria, inclusive, ter chamado a autoridade policial”, refletiu, fazendo ponderações também sobre o estado da intervenção urbanística e sobre as fiscalizações não agendadas.

Em defesa da Prefeitura, o vereador Gilberto Alves (PTN), líder do governo na Casa, respondeu aos problemas levantados. “O Executivo jamais concordará com esse tipo de comportamento. Este poder não tem nenhum tipo de cerceamento. A informação que obtive é que toda construtora, para conceder acesso, precisa que os elementos de segurança estejam adequados, e a empresa não estava preparada. Imagine se se tivesse dado acesso e acontecesse algum problema? Estaríamos aqui discutindo como teria sido um absurdo”, expôs. O parlamentar disse ainda que mais de cem unidades habitacionais da área de urbanização estão em fase final de acabamento.

Em 30.09.2015 às 18h20