Medalha de Mérito para João Coelho
Wanderson Florêncio acrescentou que na vida profissional e de trabalho foi vendedor de publicidade para rádio Planalto de Carpina, datilógrafo, assistente de mecanografia, assistente do diretor do Planalsucar, coordenador pedagógico do Colégio São Bento e professor de religião, auxiliar de coordenação do Colégio Salesiano, Professor do Colégio Nóbrega da antiga OSPB, Coordenador pedagógico do Colégio Marista PIO X em João Pessoa, professor da Universidade Católica e Diretor Sócio das Escolas Recanto Infantil.
Atuou e participou de grupos de jovens ligados à Igreja Católica, destacando-se o SOS, “Sempre Ousamos Salvar”; Balaio com o padre Ivan; A Fraternidade com o Padre Marcelo, OAF “Organização de Auxílio Fraterno”, trabalhava com meninos drogados e meninos de rua.
Wanderson Florêncio disse que foi na militância política que mais se destacou. Participou da organização dos diretórios acadêmicos das universidades da Região Metropolitana do Recife; da reabertura do Diretório acadêmico do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Pernambuco como presidente; Participou da retomada do diretório Central dos estudantes, controlado pela ditadura; teve participação na luta pela redemocratização das universidades brasileiras, tendo sido fundador e presidente da associação do Professor da Universidade Católica de Pernambuco. “Como político foi eleito em 1982 vereador pela cidade do Recife; em 1985 foi candidato a prefeito do Recife, primeira eleições diretas nas capitais do Brasil; Em 1986 foi eleito deputado Estadual de Pernambuco, com a maior votação da história e até hoje, proporcionalmente; Em 1992 foi assessor especial do prefeito da cidade do Recife, Jarbas Vasconcelos; Em 1994 disputou o mandato de senador da República por Pernambuco e posteriormente vereador do Recife”.
O homenageado agradeceu e disse em seu discurso que não era uma pessoa formal e por isso preferiu o improviso. Contou um pouco da história de sua vida, começando por Carpina onde ser pai era o dono da Rádio Carpina e que durante a ditadura militar foi fechada. “Sou de uma época muito boa, mas já na adolescência em Recife comecei a perceber as discriminações com os mais pobres. Eu estudava em escola boa e a maioria nem escola tinha. Comecei a me aproximar da Igreja e comunidades de base e passei a entender que a sociedade precisa de organização. Por isso me candidatei a vereador e iniciei minha carreira política”.
Ele disse que por onde andou fez amigos leais. “Acabei me desiludindo com a vida pública e vejo que hoje as pessoas têm vergonha de serem políticos. Lutamos muito para fazer esse país avançar, mas falta muito para caminhar. As leis não precisam ser mudadas, precisam ser cumpridas. Quem é político sabe das amarras desse Estado e como é difícil fazer política”.
Vicente André Gomes (PSB) disse que ingressou na Câmara do recife junto com João Coelho e na época faziam oposição. Lembrou que impediram a continuação de uma reunião plenária quando o líder (João Coelho) tirou o paletó e a gravata ferindo o regimento. Foi um ato político de oposição. “E hoje sou presidente desta Casa e estou presidindo a reunião que concede a Medalha do Mérito a João Coelho, com muita honra”.
Em 02.09.2013 ás 18h00