Médico Eliézer Rushansky recebe Medalha José Mariano
Eriberto Rafael disse que o doutor Eliézer iniciou a vida na então Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, hoje UPE, em 1966. Fez pós-graduação em Clínica Médica e Reumatologia pelo Hospital Servidor do Estado do Rio de Janeiro. Começou suas atividades docentes na FESP, atual UPE, como professor auxiliar, em 1975. Trabalhou por quase dez anos no Hospital Getúlio Vargas na emergência e na clínica médica. Criou a disciplina de Reumatologia na UPE. No Hospital Universitário Oswaldo Cruz, é coordenador do Centro de Infusão de Imunobiológico (Unidade Funcional de Reumatologia). Hoje, ele é referência no Estado no tratamento das Artropatias Inflamatórias.
O autor da proposta frisou que o resumo mostra toda a dedicação de Doutor Eliézer ao exercício da medicina, uma das profissões mais importantes do mundo, responsável pela cura, pelo alívio e pelo consolo. Ele dedicou-se a uma complexa área, a reumatologia, que abrange mais de 100 doenças e atinge 15 milhões de brasileiros.
O médico Eliézer Rushansky, emocionado pela homenagem, destacou a presença de familiares, amigos e muitos pacientes que vieram prestigiá-lo no recebimento da Medalha José Mariano. Ele disse que a Reumatologia é uma das especialidades das mais importantes. “Trabalho no Oswaldo Cruz e ali lutamos com muitas dificuldades. O doente reumatológico está dentro de todas as especialidades médicas. Ele apresenta doenças cardíacas, de rins, de pele entre outras, mas não recebe a atenção devida do governo. A artrite reumatóide atinge hoje pelo menos 1% da população mundial e podem ser tratados com imunobiológicos”.
Em sua cruzada por melhor tratamento, o doutor Eliézer ressaltou que os doentes morrem sem diagnóstico. Por isso é preciso mais atenção porque a doença atinge pessoas jovens na faixa etária de 30 a 40 anos, sendo atualmente uma das responsáveis pelo afastamento do trabalho. “No Hospital Oswaldo Cruz temos entre 8 a 9 mil pacientes em tratamento com imunobiológicos. Antes o custo era elevado, cerca de R$ 5 mil por paciente, hoje conseguimos gastar R$ 1,5 mil. “É preciso que os pacientes tenham acesso ao tratamento pois trata-se da terceira causa de afastamento do trabalho, perdendo apenas para doenças psiquiátricas e cardíacas”.
Em 30.11.2017 às 15h56.