Michele Collins comenta liberação de remédio à base de maconha
Com a norma, que passará a valer em 90 dias após sua publicação, os produtos terapêuticos derivados da maconha poderão ser comercializados, mas não manipulados em farmácias – ou seja, deverão ser processados pela indústria do setor. Além disso, a venda será restrita, com retenção de receita.
“A regulamentação foi aprovada por unanimidade e é temporária, com validade de três anos. De acordo com a resolução, os produtos liberados poderão ser para uso oral e nasal, em formato de comprimidos líquidos, além de soluções oleosas”, explicou Michele Collins, fazendo uma distinção entre dois princípios ativos que podem ser extraídos da Cannabis sativa. “O canabidiol é usado em terapias como analgésico ou relaxante. Já o THC é o principal elemento tóxico e psicotrópico da planta, ou seja, altera funções cerebrais.”
A vereadora disse condenar o uso recreativo da maconha, mas apoiou a comercialização de produtos terapêuticos fiscalizados pela Anvisa. Em seu discurso, ela repercutiu uma reunião pública realizada por seu mandato também na manhã desta terça-feira sobre pessoas com doenças raras – que, a depender do caso, podem ser beneficiárias de remédios à base de canabidiol.
“Esse remédio pode vir a beneficiar famílias. Hoje, tivemos o relato de um pai, um coronel que trabalhou por 30 anos no polígono da maconha e é contra o uso [recreativo]. Mas ele faz uso do canabidiol em sua filha que sofre com convulsões.”
Em 03.12.2019, às 16h14