Michele Collins comenta liminar que autoriza terapias para homossexuais

Na tarde desta terça-feira, 19, a vereadora Michele Collins (PP) comentou a decisão de um juiz do Distrito Federal que liberou psicólogos a tratarem gays e lésbicas com as chamadas terapias de reversão sexual, sem sofrerem qualquer tipo de censura por parte dos conselhos de classe. A liminar apresentada na última sexta-feira pelo juiz Waldemar Cláudio de Carvalho acata parcialmente o pedido de uma ação popular apresentada por um grupo de psicólogos, entre eles, profissionais que haviam sido punidos anteriormente pela realização de tratamentos semelhantes.

Em 1990, a Organização Mundial da Saúde deixou de considerar a homossexualidade como uma doença. Em 1999, uma resolução do Conselho Federal de Psicologia proibiu esse tipo de tratamento no Brasil. “No meu entendimento, essa resolução era uma censura e feria os artigos 5º e 8º da Constituição Federal, já que restringia o exercício do direito civil do cidadão e o trabalho dos profissionais. A pessoa tem um problema, quer uma ajuda e não podia receber essa ajuda, porque os psicólogos estavam proibidos de tratar. Mas elas têm o direito de ser atendidas, curadas e tratadas de qualquer problema”, defendeu Michele Collins.

Para a vereadora, a liminar não fere a decisão da OMS. “Não se trata de cura gay. Dizem que a homossexualidade é orientação, mas eu acho ainda que é opção. Os profissionais agora podem cuidar dessas pessoas, exercendo o direito tanto do profissional quanto do cidadão, que queira procurar o apoio psicológico - desde que por livre e espontânea vontade. Esses profissionais têm que ter a liberdade de exercer sua função dentro do seu consultório”, finalizou.

Em 19.09.2017, às 17h09