Michele Collins defende casamento coletivo entre heterossexuais
“Quero compartilhar meu posicionamento e de alguns cidadãos relacionado ao casamento coletivo promovido pela Prefeitura. Gostaria de apresentar um olhar diferente e levantar a questão do princípio da isonomia. Se a Prefeitura vai fazer casamentos coletivos homossexuais também deve fazer para heterossexuais. Afinal, muitos casais não têm condições de casar e não tem um programa voltado para essas pessoas. Mas na hora de pagar impostos são iguais. A Prefeitura abriu uma prerrogativa e os heterossexuais devem ter os mesmos direitos, como orquestra, o Forte das Cinco Pontas e direito de convidar cinco pessoas”.
A parlamentar pontuou que apresentou requerimento solicitando a realização do casamento coletivo entre casais heterossexuais e que essa ação já ocorre em outras cidades. “Esse requerimento prevê que haverá critério de escolha. Por exemplo, para aqueles que possuam renda de até dois salários mínimos. Ressalte-se que algumas prefeituras municipais já realizaram este evento, a exemplo do que recentemente aconteceu em Caruaru, que contou com a participação de 50 casais”.
O vereador Carlos Gueiros (PTB) fez questão de discutir o assunto e parabenizou a atitude da parlamentar. “Michele Collins trouxe uma posição sensata sobre direitos iguais e a Casa tem que exigir uma isonomia. Parabéns, vereadora Michele Collins, pela atitude”. Já Antônio Luiz Neto (PTB) lembrou que a Casa de José Mariano discute a democracia . “Estamos na casa certa. A Câmara é um templo da democracia. Vivemos num país onde a Constituição assegura a livre religiosidade e opinião. O vereador Luiz Eustáquio expôs a opinião religiosa dele, assim como Henrique Leite que fez uso da sua opinião. Estamos num país livre, democrático e que deve permitir as opiniões das famílias que optam para uma melhor educação aos seus filhos e direcionar da melhor forma que desejar”.
Henrique Leite, por sua vez, explicou que a questão da isonomia entre os casamentos homossexuais e heterossexuais é valorosa, mas os direitos individuais devem ser priorizados. “É importante a isonomia, mas a ideia daquela cerimônia foi simbolizar a importância do casamento em relação à legalização dos direitos das famílias daquelas pessoas”.
Em 25.05.15 às 18h11.