Michele Collins destaca trabalho de comissão em diálogo com migrantes venezuelanos

Uma reunião promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara na última segunda-feira (14) foi tema de um discurso de sua presidente, a vereadora Michele Collins (PP), nesta terça-feira (15), na tribuna da Casa de José Mariano. No encontro, os vereadores da Comissão criaram uma oportunidade de diálogo entre o poder público e representantes de um grupo de 55 migrantes venezuelanos que chegaram ao Recife há cerca de duas semanas.

Os recém-chegados fazem parte da população indígena da cidade de Tucupita, capital do estado venezuelano de Delta Amacuro. Dentre os integrantes do grupo, 29 são crianças. Segundo informações dos próprios migrantes, é esperado que mais 60 pessoas na mesma situação cheguem ao Recife nos próximos dias. Atualmente, o grupo está abrigado em duas casas no bairro da Boa Vista.

“Eles vieram por conta própria e já passaram por vários lugares aqui do Brasil. O que constatamos é que eles querem um abrigo e, no local que oferecer, eles vão ficar. São pessoas que querem um apoio. Uma de suas características é que eles sempre andam junto”, relatou Michele Collins.

De acordo com a vereadora, a Câmara do Recife cumpriu um papel essencial ao ter conseguido promover o diálogo com o grupo, que teria se mostrado desconfiado da aproximação da Prefeitura. A parlamentar não deixou de destacar, também, a atuação de entidades religiosas e da sociedade civil no caso. “As pessoas têm me procurado para saber como eles estão. Nós fizemos esse trabalho e, ontem, vi verdadeiramente a importância desta Câmara como a Casa do Povo. A Comissão de Direitos Humanos está de portas abertas e atenta a essa questão.”

O vereador Ivan Moraes (PSOL), que é membro da Comissão e também participou da reunião da última segunda-feira, corroborou o discurso da colega. “O nosso maior mérito foi ter feito essa ponte. O Poder Executivo já havia batido na porta da casa dessas pessoas e elas, com receio, talvez por não compreenderem o português e o papel da Prefeitura, não havia deixado ela se aproximar. Ontem, conseguimos destravar esse diálogo. A informação que temos é que a maioria quer pedir refúgio porque vive uma situação grave de vulnerabilidade econômica.”

Em 15.10.2019, às 16h51