Vereadora discute vetos a projetos da Câmara

Os vetos do Executivo a dois projetos de parlamentares da Câmara do Recife foram discutidos nesta segunda-feira (20), na tribuna da Casa de José Mariano, pela vereadora Michele Collins (PP). As propostas destacadas pela parlamentar foram as de nº 176/2013, de autoria da ex-vereadora Priscila Krause (DEM), e de nº 91/2013, do ex-vereador Luiz Eustáquio (PSB). Ambas foram vetadas totalmente.

Ao tratar do projeto de nº 176/2013 – que dispunha sobre a utilização, por vans de transporte escolar, de corredores exclusivos para ônibus –, Michele Collins disse compreender o veto, mas pediu que o Executivo acolhesse a medida. “Eu sou a favor dessa prerrogativa para as vans escolares. Elas transportam um grande número de pessoas e, quanto mais se puder desafogar o trânsito, melhor. Vou votar a favor do veto, que diz que esse tema é de competência da administração. Mas que o Poder Executivo possa tomar essa iniciativa o quanto antes.”

Em um aparte, o vereador Junior Bocão (PSDB) concordou com a colega. “Sou a favor que essa medida seja adotada. Temos que diminuir a quantidade de carros nos horários de pico. Vou votar pelo veto, mas gostaria que isso fosse resolvido imediatamente.” O vereador Renato Antunes (PSC) também se pronunciou pela adoção da medida pela Prefeitura. “Mesmo que não seja aprovada a Lei, que o Executivo tome essa iniciativa. Quando as vans escolares transportam na faixa azul, se está retirando o trânsito da faixa comum.”

A líder do governo no Legislativo, a vereadora Aline Mariano (PMDB), reforçou que a Câmara não pode apresentar propostas a respeito do transporte público. “Se formos observar o mérito, a grande maioria das matérias apresentadas são simpáticas. Mas, infelizmente, esta Casa perdeu a prerrogativa de legislar acerca de ônibus e transporte coletivo.”

Já o veto ao projeto de nº 91/2013 – que pede a inserção de informações sobre os malefícios do consumo de álcool e outras drogas nos livros didáticos distribuídos pelo município – recebeu a discordância de Michele Collins. “Eu acredito que vamos salvar muitas vidas quanto mais fizermos e mais rápido fizermos. É algo simples. Uma das principais armas contra as drogas é a informação, principalmente no seio escolar.”

Já o vereador Ivan Moraes (PSOL) se posicionou por um debate amplo sobre a questão. “Precisamos dialogar de forma mais técnica. As drogas são proibidas no Brasil desde a década de 1920 e cada vez mais pessoas consomem. Elas precisam ser tratadas de outra forma. É um fato que o álcool e as drogas causam muito impacto. Precisamos discutir essa questão do ponto de vista da saúde.” O vereador Rogério de Lucca (PSL) também se pronunciou sobre o tema e falou sobre o argumento da despesa que ele geraria. “Uma coisa é você gerar despesa. Outra coisa é você solicitar uma intervenção.”

Em 20.02.2017, às 18h08