Michele Collins tece críticas a prova do ENEM

O teor de algumas questões da última prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foi motivo de preocupação para a vereadora Michele Collins (PP). A parlamentar discursou na tribuna da Câmara do Recife na tarde desta quarta-feira (07) para citar trechos da prova que considerou problemáticos. Segundo ela, o Ministério de Educação necessita se pronunciar sobre a controvérsia.

Michele Collins concentrou suas críticas a uma questão sobre patrimônio linguístico que toma como exemplo um dialeto usado por gays e travestis. “Os jovens que foram fazer a prova foram surpreendidos com questões que não têm nada a ver com o que eles estudaram. Eles se depararam com um dialeto gay. Isso não tem a ver com incitação a qualquer tipo de violência, mas com falta de respeito. É um assunto que interessa a um público específico. O que isso vai acrescentar à vida de um jovem? Cada um tem o direito de escolher o que quer ser. Mas a partir do momento em que isso é posto numa prova temos que questionar o que se passa pela cabeça dos técnicos do MEC.”

Em um aparte, o vereador André Régis (PSDB) também levantou questionamentos sobre a elaboração da prova. “É inadmissível que um teste nacional há vários anos seja feito com questões que impõem uma determinada visão, muitas vezes com uma crítica ao setor produtivo e com elogios a determinados movimentos sociais. A sociedade é plural. Um teste tão importante impõe que os alunos se filiem a uma visão para acertar as questões. Há um comportamento de impor uma visão de mundo, em vez de se procurar temas abrangentes ou que visem a reflexão sem direcionamento.”

Em 07.11.2018, às 17h28