Múcio: HUOC realizou 500 transplantes de fígado

Pioneira nas regiões Norte e Nordeste e a terceira do Brasil, a unidade de transplante de fígado do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) atingiu o número de 500 procedimentos cirúrgicos dessa complexidade realizados em Pernambuco. O fato foi comemorado no plenário da Câmara Municipal do Recife pelo vereador Múcio Magalhães (PT), que fez o anúncio durante a reunião ordinária desta terça-feira, 6. “Esse feito, realizado num hospital-escola público, é um exemplo de que os poderes constituídos, as lideranças políticas e a população precisam estar sempre prontos para fazer a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), que é uma conquista histórica do povo brasileiro”, disse, em discurso.

O Hospital Oswaldo Cruz realiza o programa de transplante de fígado há 12 anos. Esse tipo de procedimento cirúrgico depende de boa infraestrutura hospitalar e de uma equipe médica multiprofissional bem treinada para a cirurgia e para o acompanhamento dos pacientes após o transplante. “Por tudo o que foi realizado nos últimos anos, que culminou com a expressiva marca dos 500 transplantes, quero parabenizar o diretor do hospital,  doutor Railto Bezerra, o chefe do Programa de Transplantes de Fígado, doutor Cláudio Lacerda, e toda a equipe de profissionais altamente qualificados e dedicados ao serviço público de qualidade”, afirmou.

Múcio Magalhães fez um breve histórico dos transplantes de fígado. Ele lembrou que a primeira cirurgia desse porte, num ser humano, foi realizada em 1963, em Denver, Estados Unidos, e cinco anos depois o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo repetiu o mesmo  procedimento no Brasil.  “Em 1997, o Ministério da Saúde acabou com o privilégio dos hospitais privados  na recepção de órgãos para transplante, ao estabelecer uma lista única, na qual os pacientes são inscritos pelas centrais das secretarias de Saúde dos Estados”, ressaltou. Em seguida, ele afirmou que em 2006, houve nova mudança na lista única de receptores. “O critério principal passou a ser a gravidade, ou seja, recebem transplante primeiro os pacientes em estado mais grave”.

O discurso do vereador recebeu apartes da vereadora Doutora Vera Lopes (PPS) e Amaro Cipriano Maguari (PDT). A vereadora parabenizou o colega pela abordagem do assunto em plenário e disse que “nós precisamos tornar o SUS cada vez mais forte e de qualidade, para que sejam feitos procedimentos cirúrgicos os mais diversos em Pernambuco”. Maguari, por sua vez, elogiou o SUS e ressaltou que o sistema precisa ser constantemente debatido pelas lideranças políticas. “Aproveito para lembrar que o SUS está funcionando sem os recursos do extinta CPMF, que era o imposto do cheque, que destinava recursos para a saúde. A presidenta Dilma Housseff é contra a volta dessa contribuição e eu concordo com ela”, disse.

 

Em 06.09.2011, às 17h48