Múcio Magalhães discute gravidez na adolescência

Das 40 mães adolescentes pesquisadas apenas 30% frequentam a escola. Para as que não são mães, o índice chega a 76%. Entre as garotas com filhos, 75 % não trabalham, das quais 71% ou tentaram uma vaga sem sucesso ou não tem com quem deixar a criança. No grupo de jovens que não são mães, 63,2% não trabalham, mas para 45% delas o desemprego é uma opção porque planejam se dedicar exclusivamente aos estudos. “A gravidez precoce, sem qualquer planejamento, provoca uma vulnerabilidade grande na jovem e a situação piora quando ela não encontra apoio, dos equipamentos de saúde, da escola e, principalmente, da família”, reforça a pesquisa.

O presidente defende um debate amplo sobre as conseqüências da gravidez na adolescência. “É verdade que o número de informações esclarecedoras sobre meios preventivos nessa fase da vida vem aumentando, mas ainda é um tema que merece toda a atenção das diferentes esferas de governo, dos parlamentos, das famílias e da sociedade em geral. Penso que com a organização das mulheres brasileiras e, especialmente, as do Recife, e com a criação de espaços institucionais para formulação e aplicação de políticas que modifiquem e melhorem a realidade delas, a nossa cidade incidirá fortemente para reduzir o índice de gravidez na adolescência e os problemas dela decorrentes”.

Em 24.03.10, às 17h10.