Múcio Magalhães fala sobre história da Câmara Municipal

Cerca de 200 alunos de cursos como Pedagogia, Sociologia e Turismo de várias faculdades assistiram, na tarde desta quarta-feira (28), a uma palestra do presidente da Câmara do Recife, Múcio Magalhães (PT), sobre a história do legislativo municipal. A iniciativa faz parte do curso Cidade, Cultura e Cotidiano, promovido pela Fundação de Cultura do Recife, que aborda tema como a história das cidades, a cultura popular e o dia a dia dos municípios. O evento foi realizado na Faculdade Maurício de Nassau, nas Graças.

“A Câmara do Recife tem 300 anos e foi fundada com a elevação do Recife à condição de Vila. Com um decreto de Portugal, a cidade foi elevada e obrigada a instalar um pelourinho e também o seu legislativo municipal. Isso foi em fevereiro de 1710”, ressaltou Múcio. Ele também contou a história do prédio que hoje abriga o legislativo da cidade. “Inicialmente ali funcionava uma escola de segundo grau, a Escola Normal do Recife. A Câmara funcionava antes no Recife Antigo, na Rua da Guia”.

Múcio Magalhães também ressaltou a importância do patrono da Casa. “José Mariano Carneiro da Cunha foi o primeiro presidente do Conselho de Intendência Municipal. E na década de 40, a Câmara passou a ser conhecida como a Casa de José Mariano, uma homenagem a um abolicionista e lutador”.

O presidente falou ainda de alguns momentos políticos do legislativo. “A Câmara já passou por muitos períodos de fechamento, como quando os olindenses resolveram invadir a nova vila, derrubaram o pelourinho e fecharam a Casa. É uma das mais antigas do País e tem uma história recheada por vários capítulos de resistência. Ela foi fechada no governo de Vargas, em 1937, e durante a ditadura militar, vários parlamentares de esquerda foram cassados”.

Ao encerrar a palestra, Múcio convidou os alunos a visitar a Câmara e acompanhar de perto o trabalho dos parlamentares. “É uma instituição que, além de ocupar um prédio histórico, tem páginas importantes na construção democrática do nosso país e que passa por muitos processos de desvalorização, mas, acima dos erros cometidos por alguns, está uma história tão bonita quanto o prédio que ela ocupa”.

Em 28.04.2010, às 17h50.