Natália de Menudo critica atitude de produtora de eventos

A vereadora Natália de Menudo criticou a atitude de uma produtora de eventos, com a dupla Shevchenko e Elloco, no Baile do Rosa, que aconteceu na última sexta-feira, dia sete. “Faço uma menção especial ao Movimento Cultural Suburbano que vem surgindo nas comunidades. Falo dos crescentes jovens que tentam ‘um lugar ao sol’ na área artística, se envolvendo com ritmos e gêneros musicais vivenciados por eles no cotidiano. Ou seja, o tecnobrega, o brega, o funk, o arrocha e outros”, disse, na Câmara do Recife, na reunião ordinária desta segunda-feira (10).

Segundo a parlamentar, no último evento realizado pela agência DeLux pediram para os músicos Shevchenko e Elloco  encerrar o show cantando apenas duas músicas. “O próprio evento atrasou e, por isso, a entrada da banda também. Os organizadores pediram para se retirarem do palco e os chamaram de ‘maloqueiros safados’. Por que foram criados em favelas? Não troco a educação deles por educação de pessoas que gostam de pisar em outras para subir na vida”, reclamou.

Natália de Menudo afirmou que é preciso canalizar e difundir as atividades artísticas com aspectos sociais que promovam mensagens positivas e o direito de expressão sem violência. “Já vi muitas pessoas criticarem o estilo musical e a forma de expressão desses artistas. Elas não observam que são ferramentas importantes para desviar os jovens do mundo da criminalidade, os levando para mundo artístico.”

A vereadora falou sobre o papel do poder público de incentivar o surgimento de novos artistas, dando condições para que eles se desenvolvam.  “Sem marginalizá-los e nem tolhe-los. Em um momento de dificuldade política, econômica e social, com o país diminuindo seu grau de investimento, os projetos sociais  das muitas ONG’s existentes no país podem deixar de ser executados. Essa é a única chance de entretenimento", completou.

Natália de Menudo ressaltou que as expressões artísticas refletem o cotidiano vivenciado pelo povo. Por isso, ela apoia os MC’s e DJ’s que levam entretenimento para as comunidades. “Eles são pobres sim, mas estão lutando. Já passei em muita esquina de favela e vi jovens usando drogas. Hoje eu passo, e vejo jovens se reunindo para dançar e crescer artisticamente”, disse.

Em 10.06.2019, às 17h32.

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