Osmar Ricardo critica aumento proposto pela PCR

O vereador Osmar Ricardo (PT) criticou no plenária nesta quarta-feira, 01, o aumento de 4% proposto pela Prefeitura do Recife aos servidores municipais. A oferta aconteceu na mesa de negociação entre PCR e o Sindserp (Sindicato dos Servidores da Prefeitura), que teve também a participação do vereador Antonio Luiz Neto (PTB).

Osmar Ricardo ressaltou que “depois de todo teatro feito pela prefeitura, o Executivo ofereceu apenas 4% de reajuste, sem contemplar pelo menos a inflação que já passou da casa dos 7% em abril. Pior ainda. Este aumento só entraria na conta do servidor a partir de setembro, sem retroagir”. Segundo o parlamentar, o prefeito quer fazer com seus servidores o mesmo que o governo do Estado está fazendo. Ele disse ainda que a negociação está parada desde fevereiro e só agora foi retomada.

Osmar Ricardo adiantou que a PCR argumenta que está no limite prudencial de gastos, 46,38%, comprometidos com a folha salarial. “Esse limite é resultado dos salários pagos a terceirizados. É preciso se discutir com mais transparência e cumprir com o prometido”.

Jairo Britto (PHS) acha que não se pode avaliar salários de servidores pontualmente, mas sim de forma mais abrangente. “Os salários estão defasados, mas vem assim desde Fernando Henrique Cardoso".

Jadeval Lima (PTN) avaliou que o aumento do salário mínimo foi de 8% e dos servidores 4%. “É muito pouco. Acho que a prefeitura tem condições de oferecer mais. A arrecadação está subindo, dando condições a um reajuste melhor”.

Já o vereador Carlos Gueiros (PTB) explicou que 3% de aumento sobre 25 mil de salário passa de 1 mil e 4% sobre a média salarial não dá nem 40,00 reais. “Não foi a estabilidade financeira ou salário do engenheiro que  onerou o caixa, mas os altos salários pagos a agentes tributários, executivos, secretários. A culpa não é desse governo que está aí, é nossa também porque a lei foi aprovada nesta Casa”.

Maré Malta (PPS) disse que o servidor é sempre esquecido e que é preciso haver mais isonomia entre os salários pagos. “A culpa em parte é nossa porque acabamos de aprovar 160 cargos comissionados com salários altos”.

Luiz  Eustáquio (PT) ponderou que o salário dos auditores é só um aspecto. “Fui contra este formato, mas foi aprovado. Não pode dar 10% para todos porque estaria privilegiando mais ainda estes altos salários. Vamos buscar ajudar no processo, é dever desta Casa.”

Múcio Magalhães (PT) frisou que a Lei de Responsabilidade Fiscal impõe limites e que foi criada em governos passados. “O PT fez concurso para 8 mil pessoas, incluindo pessoal de saúde nos PSF. O debate caminha para o esgotamento histórico. É  preciso mudar a fórmula”.

Mas a vereadora Vera Lopes (PPS) lembrou ao colega que o salário do PSF é pago pelo SUS e não pela prefeitura. Segundo ela, "a PCR diz que tem 1 bilhão em caixa e não pode dar aumento ao servidor”.

Em 01.06.2011, às 18h30.