Parlamentar elogia trabalho de ONGs

O vereador Josenildo Sinesio (PT) disse hoje na Câmara do Recife que participou de um debate no programa Geraldo Freire, na Radio Jornal, sobre as denuncias de corrupção e desvio de verbas públicas por Organizações Não-Governamentais. Ele disse que a discussão foi esclarecedora e positiva para separar o joio de trigo. Ao todo existem cerca de 338 mil entidades desse tipo atuando no país com orçamento de R$ 5,4 milhões repassados pelo governo federal, ano passado. Segundo ele, quando apareceram as denúncias a presidente Dilma Rousseff suspendeu o repasse de verbas e exigiu que se faça no país um marco regulatório criando leis que permitam melhor fiscalização dessas ONGs.

Amaro Cipriano Maguari (PSB) lembrou que falta fiscalização por parte do governo e da sociedade, para verificar por onde caminham os recursos recebidos. Maré Malta (PSD) concorda com Josenildo Sinesio sobre o fato de que nem todas as ONGs são corruptas, havendo instituições sérias que recebem incentivos fiscais e recursos dos governos. Ele indagou se não seria o caso  de se limitar o valor desses recursos facilitando a fiscalização. O parlamentar sugeriu ainda que o dinheiro seja repassado para empresas estatais para que elas façam o trabalho das ONGs, que são fiscalizadas.

Josenildo Sinesio ressaltou que os Tribunais de Conta têm condições de averiguar todas essas entidades, mas segundo ele, ficou tudo muito frouxo, sem fiscalização e por isso o governo pediu a elaboração de um marco regulatório disciplinando e definindo competências. Luiz Eustáquio (PT) lembrou que infelizmente estavam acontecendo denúncias de corrupção contra algumas ONGs. “Denúncias dessa ordem  também ocorrem no meio político e empresarial, mas é preciso separar as boas das más. A maioria trabalha para o bem social e ajudam muito os governos, sendo grandes aliadas”. Jairo Britto (PT) disse que quando as denúncias foram feitas a presidente tomou medidas sérias. Segundo ele, não se pode generalizar porque muitas dessas entidades trabalham seriamente.  

 

Em 07.11.2011, às 17h46