Parlamentares abordam votação na Câmara Federal
Ivan lembrou ainda que nunca antes nesse país um presidente no exercício do cargo é investigado por corrupção, e não restam dúvidas de sua culpa e crime, mas a CCJ deu parecer favorável e deve passar no plenário a despeito da oposição. “São necessários 342 votos da oposição para reprovar o parecer. O presidente usou o mais antigo mecanismo que se conhece para buscar votos, as emendas parlamentares, que são impositivas e muitas necessárias, mas foram usadas neste momento para angariar votos favoráveis. Foram 17 bilhões de reais desperdiçados. Não há saída para a política se não for pela política. Por isso está em jogo o fazer político decente”.
Wanderson Florêncio (PSC) disse que embora de partido diferente estava alinhado com o pensamento do colega. Ele acha que não se pode deixar a política como coisa secundária. “O cidadão vê todos os dias na TV e jornais os milhões que são desviados, enquanto passa necessidade com a família. Podemos sair do fundo do poço e escolher melhor. Sempre recomendei na campanha a que as pessoas tirassem 10 minutos por dia para pesquisar sobre o candidato em que iam votar”.
Renato Antunes (PSC) lamentou a ausência da mídia e de intelectuais nesse debate. Por isso ele acha que todos devem debater sobre o assunto e não aceitar o fisiologismo de notícias de que a economia falsamente está melhorando. “Sou contra meu partido votar a favor do presidente. Fisiologismo é quando se trabalha pelo interesse próprio e não da sociedade”.
Jayme Asfora (PMDB) lembrou que o trabalho feito na Câmara do Recife tem efeito positivo apesar de estar na esfera municipal. “Apenas 105 deputados estão a favor de Temer, embora existam provas contundentes de delações não deixando dúvidas de que ele se corrompeu. Não se trata de uma denúncia estéril, é densa. Tenho vergonha dos deputados que votam a favor e não aceitaram a denúncia para que seja investigada. Esse governo é frágil e não tem condições éticas de conduzir o país”.
Em 02/08/2017 às 18h30.