Parlamentares repercutem Parada da Diversidade LGTB de São Paulo

Luiz Eustáquio (PT) argumentou que não poderia deixar de falar da Parada Gay de São Paulo pelo desrespeito à religião e a Cristo. Para ele, foram protagonizadas cenas de abuso e desrespeito. “Ninguém tem o direito de perseguir ninguém, mas eles não têm direito de ferir a dignidade de quem é religioso. Não se pode falar nada porque caracteriza homofobia, mas eles se dão ao direito de desrespeitar pessoas religiosas. Isso é grave e sério”.

Henrique Leite (PT) discorda do colega e argumenta que a lei da física é implacável, pois a toda ação corresponde uma reação igual ou maior a imprimida. Para ele, a homofobia existe especialmente por parte de algumas religiões que perseguem o movimento. “É a intolerância que se esconde sob a hipocrisia religiosa. Os exageros dos manifestantes demonstram uma reação à forma agressiva com que são tratados pelos religiosos”.

Wanderson Florêncio (PSDB) acha que é preciso repudiar qualquer tipo de intolerância. Para ele, não é possível tolerar excessos de qualquer um dos lados, mas as religiões satanizam quem tem uma opção sexual diferente. “Defendo o livre arbítrio, a possibilidade de escolha”. Eurico Freire (PV) disse que as manifestações de exagero podem não ter tido o aval do Movimento LGTB. “Sou católico e a Igreja tem avançado nesse sentido de acolher os homossexuais. Espero que de fato não exista aceitação do Movimento para esses exageros”.

Osmar Ricardo (PT) disse que ninguém aprova exageros cometidos, mas que era preciso enxergar o que as pessoas estão reivindicando o direito de assumirem a própria sexualidade. O direito de cada cidadão está garantido na Constituição. “A bancada evangélica persegue o Movimento LGBT porque busca o voto exclusivo dos evangélicos”.

Luiz Eustáquio convidou a sociedade a participar da pedalada contra as drogas que vai ser realizada pela ONG Oásis. Ele espera pelo menos duas mil pessoas no evento dia 14, saindo do Ginásio Pernambucano, às 8h30.

Em 08/06/2015 às 17h12.