Parlamento Metropolitano debate sobre a importância das ciclovias
Marcelo Bione, coordenador do programa Ciclovia nas Cidades, iniciado em 2010 pela secretaria das Cidades de Pernambuco, afirmou que a bicicleta está inserida no sistema de transporte, tendo como públicos-alvo, o trabalhador e o estudante. “A Região Metropolitana do Recife já dispõe de 73,4 km de ciclovias e ciclofaixas e o Governo vem tomando várias medidas de incentivo, como uma Lei de Estacionamento, o Plano Diretor Cicloviário da RMR e a Lei Estadual de Incentivo ao uso da bicicleta”.
A experiência da implantação de 350 km de ciclovias, ciclofaixas e calçadas em Bogotá foi mostrada em vídeo, como exemplo de sucesso no projeto de mobilidade da capital da Colômbia. Para o vereador Gilberto Alves, que conheceu pessoalmente o projeto executado naquele país, cerca de seis por cento dos usuários de transporte público em Bogotá utilizam a bicicleta. “Os resultados foram muito positivos por lá e aqui também poderemos conseguir o mesmo êxito”. Para o assessor especial da Secretaria estadual de Transportes, Irineu Messias, a orientação do Governo é de que sempre que houver condições, a secretaria deve deixar espaço nas rodovias para a implantação de ciclovias. “Já temos o exemplo da PE-15 e teremos a PE-18 que será requalificada e também vai ganhar ciclovia”, disse Messias.
“É preciso que todas as cidades da Região Metropolitana se preocupem com a questão para que possamos fazer um trabalho conjunto”, disse o secretário geral do Parlamento Metropolitano e vereador de Paulista, Fábio Barros. Ele disse ainda que o Parlamento Metropolitano poderá criar um grupo de trabalho para estudar não apenas a questão da mobilidade como também - e detalhadamente - o uso da bicicleta. Já o vereador de Olinda, Enildo Arantes, frisou que as ruas deveriam ser devolvidas aos cidadãos. Segundo ele, Olinda, por exemplo, uma cidade com apenas 43 km quadrados e uma população de menos de 400 mil habitantes, possui 110 mil automóveis cadastrados.
O presidente do Instituto Pelópidas Silveira, Milton Botler, explicou que nos últimos 60 ou 70 anos, as cidades foram pensadas apenas para abrigar os carros. “Hoje, quando a gente fala de mobilidade, pensa num sistema que facilite a mobilidade. O carro não pode ser o centro de tudo”. Também participaram da audiência, vereadores e representantes de secretarias de vários municípios da RMR e integrantes de entidades ligadas ao ciclismo.
Em 12.12.2011, às 19h30