PCR comprova que cumpriu as metas fiscais no primeiro quadrimestre

Apesar da crise econômica que se alastra no País, a Prefeitura do Recife cumpriu as metas fiscais para o exercício que compreende os quatro primeiros meses deste ano. Esse panorama foi apresentado pelo secretário de Finanças do Recife, Ricardo Dantas, em audiência pública realizada por iniciativa da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal, na manhã desta quarta-feira (29). Dantas ressaltou que o equilíbrio fiscal das contas é um ponto de honra da gestão de Geraldo Julio. “Na crise os mais necessitados passam a depender mais ainda do poder público que deve estar pronto para atender essas demandas, priorizando recursos e gerando alternativas de receitas para superar momentos como este”, disse.

A Comissão de Finanças e Orçamento realizou a audiência pública de avaliação do quadrimestre em cumprimento ao disposto no parágrafo 4º, do artigo 9º, da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Os números apresentados pelo Secretário, que comprovam o resultado favorável, dizem que, de janeiro a abril, a Receita Total teve um incremento de 6,26%, enquanto a Despesa Total cresceu 5,58%, em relação ao mesmo período do ano passado. Isso resultou em um superávit orçamentário de, aproximadamente, R$ 406 milhões. Em 2018, esse indicador foi de, aproximadamente, R$373,3 milhões.

O presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, vereador Eriberto Rafael (PTC), considerou que a Prefeitura do Recife fechou as contas de forma equilibrada. “Foi um resultado positivo. A Prefeitura do Recife fez o dever de casa, controlando as contas, ajustando para pagar em dia, buscando margem para negociar com servidores, na mesa de negociações. A Prefeitura economizou nas próprias contas para ter como pagar as despesas”, avaliou. Participou da audiência pública o vereador Amaro Cipriano Maguari (PSB).

De acordo com o demonstrativo dos limites de despesas, durante o quadrimestre de janeiro a abril, a Prefeitura do Recife investiu 18,71% do orçamento em educação. No ano passado, no mesmo período, esse percentual foi 19,48%. O limite constitucional na Educação é de 25% e, portanto, manteve-se abaixo do que é previsto. Com a saúde, as despesas atingiram 16,36% (de janeiro a abril de 2018, foi 16,65%) e nesse item, a PCR esteve acima do limite, que é de 15%. O total de despesas com pessoal, para fins de apuração do limite, foi de 45,59 sobre a Receita Corrente Líquida. O Tribunal de Contas estabelece que o limite prudencial é de 48,6%.

O secretário Ricardo Dantas fez esta avaliação depois que contextualizou o cenário econômico do país, valendo-se de publicações em jornais para dar uma visão do momento em que está inserido o desempenho da Prefeitura do Recife. De acordo com os slides exibidos, durante o quadrimestre, houve um aumento dos índices negativos como desemprego, que cresceu em todas as  regiões (de janeiro a março) e o otimismo inicial com o novo governo foi se esvaindo. Ao mesmo tempo que o desemprego crescia, disse o secretário Dantas, a informalidade aumentou e a inadimplência, também. O setor de serviço continuou recuando, o fantasma da recessão voltou a rondar e o PIB foi revisado para baixo.

Mesmo com esse cenário, a arrecadação da Prefeitura do Recife foi a seguinte, de acordo com Ricardo Dantas: o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) teve crescimento real de 3,4%; o Imposto de Transferência de Bens e Imóveis (ITBI) foi o único imposto que teve queda real (15,3%); o Imposto Sobre Serviços (ISS, que é a maior receita do município) empatou com a inflação (0,05% de crescimento real); o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS, repassado pelo Estado, e que é a segunda maior receita do município) teve aumento de 5,1% após descontada a inflação; o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) aumentou 1,45% e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) cresceu 4,4% no período.

Em 29.05.2019, às 11h22