Pedido de comissão para acompanhar Reciprev é rejeitado

O requerimento solicitando a formação de uma comissão suprapartidária da vereadora Aline Mariano (PSDB), para acompanhar as investigações sobre a compra de títulos federais superfaturados pela Reciprev, foi rejeitado ontem na Câmara do Recife Por 19 votos contra seis. A vereadora argumentou que a comissão teria participação majoritária de governistas e serviria para acompanhar os órgãos que estão realizando a investigação acerca de como foi feita a operação no mercado financeiro para determinar se foi ou não superfaturada. Segundo ela, o valor da operação teria chegada a mais de R$ 4,5 milhões e teria lesado os contribuintes da previdência municipal.

Aline Mariano defendeu a criação da comissão alegando que não se tratava de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), sendo apenas uma simples comissão com maioria esmagadora governista. Mas o líder do governo na Casa, Josenildo Sinesio (PT), discordou e pediu que os vereadores votassem contra a criação da comissão uma vez que o caso já estava sendo devidamente apurado por órgãos competentes.

Augusto Carreras (PV) disse que a comissão suprapartidária para realizar investigação fora da Casa caracteriza-se como uma CPI branca. Já o vereador Carlos Gueiros (PTB) alegou que não podia abrir mão dos direitos dados aos vereadores, que no entender dele já são poucos, alertando que se o pedido FDA parlamentar tivesse precedido as providências já solicitadas lá fora faria sentido criar a comissão. “Não faz sentido porque os órgãos apuradores e investigadores já estão fazendo o trabalho que a comissão faria”.

Sérgio Magalhães (PSD) considerou que bastava trocar no requerimento o termo “apuração lá fora” por uma comissão de acompanhamento, até porque a maioria é de governistas. “A gente troca os termos e faz a comissão para acompanhar as investigações. O que chama atenção nesse caso é que o prefeito até agora não se manifestou, se fez ou não a operação”. O presidente da Casa, vereador Jurandir Liberal (PT) lembrou que o Regimento Interno não permite solicitações verbais, só por escrito. Segundo ele, o que estava em questão era a votação do requerimento e só a vereadora autora dele poderia retirá-lo se assim desejasse. A vereadora não retirou o requerimento e ele foi à votação, sendo rejeitado.

Em 21.06.11, às 17h47.