Petrúcio Amorim recebe Medalha

A devoção musical de Petrúcio Amorim veio mesmo quando começou a participar dos festivais estudantis. Em 1979 participou do Segundo Encontro Latino Americano de Folclore, realizado na Sala de Cultura Luiza Maciel, em Caruaru. Petrúcio concorre com três musicas, com as quais vence o festival. Os prêmios foram entregues por Luiz Gonzaga (o Rei do Baião). A partir desta data tudo mudou quanto ao incentivo e elogios constantemente dados somente por amigos e admiradores. Sua primeira música gravada por Azulão (Confissão de um Nordestino) era o início da realização de um sonho.

Em seu discurso, a vereadora Aline Mariano citou a letra da música Tareco e Mariola e  comparou com as dificuldades encontradas na vida do forrozeiro. “Eu me criei, matando a fome com tareco e mariola, fazendo versos dedilhados na viola, por entre os becos do meu velho Vassoural. A letra traduz a história do poeta do forró Petrúcio Amorim. Remete à sua infância, a vida simples e a casa onde morou na cidade em que nasceu, no Agreste pernambucano. Lembra também as dificuldades que sua mãe enfrentava para alimentar cinco filhos. E fala para além disso: do verso e da sua viola”.

Segundo Aline Mariano, são mais de 200 composições, dezenas de sucessos e vários intérpretes cantando as canções de Petrúcio para todo o Brasil.  “Lembranças, Anjo Querubim, Meu Ex-Amor, Menino de Rua, entre outras. Petrúcio recebeu influência de ídolos como José Ramalho e Elba Ramalho e já foi homenageado no São João do Recife. O seu jeito de cantar embala os nossos corações”.

A parlamentar confessou estar muito feliz pela solenidade e enalteceu a contribuição artística e cultural de Petrúcio Amorim. “O trabalho representa o nosso povo e conta a nossa historia. Suas letras são uma arte e influência para a nossa cidade. Realizar esta homenagem e dividi-la com o propositor desta iniciativa, o ex-vereador Henrique Leite, é uma grande responsabilidade. Muita emoção compartilhar este momento tão honroso nesta Casa. Essa reunião solene é justa e se faz necessária. Muito obrigada, Petrúcio”.

Emocionado, Petrúcio Amorim recordou quando chegou pela primeira vez ao Recife.  “A primeira vez que estava no Recife, em 1969, vim tocar numa banda musical do colégio interno de Caruaru, o Dom Bosco, e fizemos apresentação na  Universidade Federal Rural de Pernambuco. Passamos dois ou três dias, tomamos banho de mar, e nunca esqueci da imagem da cidade grande que a gente só tinha das pessoas falando”.

O artista ressaltou na tribuna a importância de receber a Medalha do Mérito José Mariano e emocionou-se com as lembranças pessoais. “Muitos já receberam essa Medalha. José Mariano era um grande político e temos que reverenciá-lo. Em 1976 vim trabalhar na capital pernambucana e morar na casa de um irmão. Vim do interior, Caruaru, com quatro malas: duas de esperança e duas de saudade. Era uma esperança boa de que você vai progredir e trabalhar. E a saudade, apesar de pouca distância entre as cidades, era muito grande”.

Ao final do evento, Petrúcio Amorim citou a presença dos amigos como Novinho da Paraíba, Santana, entre outros parceiros musicais. “Amigos são muito importantes e ninguém vence só. Agradeço à vereadora Aline Mariano. Hoje sinto muita felicidade. Felicidade que será guardada com muito carinho”.

Em 08.06.17 às 18h48.