Plano de Mobilidade tem custo inicial de R$ 6 bilhões
Esse montante não inclui as previsões para os corredores fluviais e os projetos específicos como passarelas, teleféricos e elevadores nas áreas de morro, que também estão no plano. Só o modal fluvial, segundo a previsão, seria de mais R$ 600 milhões. Milton Botler disse ainda que o Plano Municipal de Transporte e Mobilidade, que tramita na Câmara desde 29 de julho como projeto de lei do Executivo 12/2011, pode ser executado em até 30 anos. O plano busca promover o deslocamento das pessoas e bens, ampliar e alimentar o Sistema Estrutural Integrado (SEI), promover a integração entre os modais e reduzir as situações de isolamento dos cidadãos.
A reunião começou às 10h, na sede do IPS e durou cerca de duas horas. Participaram o presidente da Comissão de Mobilidade e Acessibilidade, vereador Gilberto Alves (PTN), o relator da comissão, vereador Josenildo Sinésio (PT); Erivaldo da Silva Eri (PTC) eMúcio Magalhães (PT). Milton Botler apresentou um power-point mostrando os eixos de transporte coletivo, a extensão das obras e a previsão de gastos. “O PAC da Mobilidade prevê um investimento de R$ 2.4 bilhões no Recife, dos quais R$ 1.8 bilhão podem ser aplicados nos corredores do transporte coletivo”, afirmou.
Josenildo Sinésio ficou satisfeito com as informações obtidas na reunião. “A primeira reunião, na semana passada, foi uma introdução para compreendermos o projeto de lei do Executivo que propõe a política de mobilidade para o Recife. Ele está baseado no Plano Diretor, que tem as diretrizes do planejamento urbano. Nesta segunda reunião, aprofundamos as diretrizes para implantação dos corredores, radiais com enfoque no transporte público de passageiros. Esta é a nossa prioridade número um”, afirmou.
O presidente da comissão, Gilberto Alves, disse que as informações colhidas nas duas reuniões com Milton Botler serão acrescidas na próxima segunda-feira, 29, num encontro com o secretário das Cidades, Danilo Cabral. “Ele vai falar sobre o Promob-PE, que é o projeto de mobilidade para a Região Metropolitana. Não podemos falar de mobilidade no Recife sem incluir as demais cidades que formam a região. Na sequência, faremos uma reunião interna com todos os membros da nossa comissão para avaliarmos o acúmulo de informações e programarmos as audiências técnicas que virão em seguida, como o seminário envolvendo todos os segmentos da sociedade”, disse.
De acordo com os prazos legais de tramitação de projetos de lei na Câmara Municipal do Recife, as emendas ao Plano Municipal de Transporte e Mobilidade podem ser entregues até 8 de setembro. “Queremos chegar até dezembro com tudo discutido e votado”, assegurou Gilberto Alves.
Em 23.08.2011, às 12h.