Por falta de quorum PLE da habitação não foi aprovado
Jurandir Liberal (PT) frisou que não iria à justiça para impetrar mandado de segurança suspendendo a aprovação na Casa do projeto que dá ao Compaz o nome Eduardo Campos, como fez a vereadora Isabella de Roldão (PDT), porque o Congresso nacional aprovou a mudança na regra da doação de dinheiro em campanhas eleitorais não permitindo mais a participação de empresas privadas. Mas para ele, a prática de passado recente de programas sociais assistencialistas e que haviam acabado, agora voltam com este programa da Prefeitura. “Isso é compra de voto indireta, não sabemos quem vai receber, nem como serão escolhidos”.
Gilberto Alves (PTN), líder do governo na Casa, estranhou a afirmação de alguns colegas que segundo ele, não condizem com a história do partido que representam. “A ilação que o colega petista faz de prática de compra de voto por este programa é contraditória. Não há interesse da gestão em fazer programa eleitoreiro e sim trabalhar pelos que necessitam. Não podemos esperar o olhar do governo federal por entes federados que estão abandonados à própria sorte, haja vista o surto de microcefalia instalado aqui. Este projeto vai ajudar pessoas que vivem em submoradias. Penso que o PT abandonou suas bandeiras em prol dos mais necessitados e por isso a crítica”.
Michele Collins (PP) também questionou a ajuda quando há segundo ela, enorme demanda por moradias permanentes. “Dei entrada em um projeto, 126/2014, pedindo que a PCR listasse as pessoas que vão receber habitacionais e foi inteiramente vetado. Não há transparência”. Isabella de Roldão quer saber quem são as pessoas que vão receber o dinheiro. Para ela, o PLE esbarra na falta de transparência. Amaro Cipriano Maguari (PSB) entende a preocupação dos colegas, mas alertou que a Casa tem como fiscalizar. “Basta formar uma comissão e averiguar para onde foi o dinheiro”.
André Régis (PSDB) achou que a repercussão do projeto foi amplamente negativa e seria prudente retirar a proposta em virtude de tantos questionamentos. Segundo ele, a lei eleitoral é clara e diz que esse tipo de ajuda não pode ser dada em ano eleitoral. Almir Fernando (PCdoB) lembrou que a ONG Habitare faz programa semelhante a este doando recursos para melhoria de habitações e é bem sucedido. “Acho que essa seria uma forma da PCR trabalhar em parceria com a comunidade”.
Marília Arraes (PSB) discorda dessa forma de ajudar. “Isso é se aproveitar da necessidade alheia. Diferente do governo de Miguel Arraes que fez o programa Chão e Teto que distribuía kits para construção, regularizava terrenos, ajudando de fato as pessoas, não como este que vai beneficiar ninguém sabe a quem".
Em 02/12/2015 às 18h33.