Praça do Marco Zero é tema de projeto a ser votado hoje
O projeto de lei é de 2008 e diz que “as montagens de equipamentos necessários à realização de eventos ocuparão ruas e avenidas adjacentes, observadas as normas pertinentes à circulação de veículos”. Na justificativa, a vereadora explica que a “A Praça Rio Branco, localizada no Marco Zero, é um dos mais belos e significativos espaços públicos do Recife. A beleza, em grande parte, é obra da natureza; seu significado é obra da cultura”. E acrescenta, mais adiante, que a praça recebeu “o que de melhor tem a arte pernambucana: a pintura de Cícero Dias, refletindo no chão o céu dos navegadores, e a escultura de Brennand, exposta ao mundo no atelier dos arrecifes”.
A Praça, diz o projeto de lei, virou ruínas. “É vítima dos maus tratos da insensibilidade. Incompetência administrativa é pouco para explicar o descaso com um bem de uso do povo”. E finaliza dizendo que o logradouro é praça e obra artística, “espaço de convivência e contemplação, mas que não pode sofrer a agressão brutal da montagem de eventos”. Ao analisar o projeto, a Comissão de Meio Ambiente, Transporte e Trânsito fez um levantamento histórico sobre o Marco Zero “ponto inicial das estradas que cortam o estado, implantado em 1938 pelo Automóvel Clube de Pernambuco”. O parecer está apoiado em dois artigos – o primeiro e o 21 - do Decreto-Lei número 25, de 30 de novembro de 1937, que orientam sobre o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Em 11.04.2011, às 10h40