Priscila Krause repercute documentos apagados do site da PCR

As acusações da Oposição na Câmara de supostas fraudes nas licitações do carnaval 2011 continuam na pauta do legislativo. Na reunião plenária desta terça-feira, 22, a líder da bancada, vereadora Priscila Krause (DEM), repercutiu os pronunciamentos feitos ontem pela bancada governista em defesa do Executivo e disse que vai continuar sendo a “pedra do sapato” da gestão. A vereadora também repercutiu denúncia feita em jornal local de que dois documentos sobre a contratação dos palcos para o carnaval foram retirados do site da Prefeitura.

“Foram retiradas a ata do julgamento final e a ata de julgamento de um recurso impetrado por uma empresa desclassificada da licitação. É um o processo fraudado porque antes de se oficializar os vencedores, as empresas já trabalham na certeza da vitória”.  A líder oposicionista disse ainda que vai continuar exercendo o papel que lhe foi delegado pelo povo do Recife. “Embora tenha havido uma clara orquestração em tentar me inibir neste processo escandaloso que a gente vem denunciando, coberto por uma lona superfaturada de fumaça, venho reiterar a minha disposição, certeza e consciência de estar cumprindo o meu dever”.

Em defesa do Executivo, o líder do Governo na Casa, Josenildo Sinesio (PT), reforçou o discurso de que as denúncias da Oposição são infundadas e disse que a bancada não vai mais se pronunciar sobre o tema. “O que nós tínhamos de dizer e informar sobre essas supostas denúncias, já foi devidamente esclarecido pelo poder público, através da Fundação de Cultura do Recife, que se antecipou aos fatos e procurou o Tribunal de Contas do Estado com toda a documentação necessária”. Segundo Josenildo, a partir de agora, só o Tribunal pode dizer se há algum erro ou não. “Estamos tranqüilos e nunca perdemos um minuto só do nosso sono, nem a bancada, nem a Fundação e nem o prefeito. De modo que o carnaval vai ser realizado com o melhor astral que podemos imaginar e a festa será espalhada por toda a cidade”.

Mais – De acordo com as informações do Jornal do Commercio,  os documentos foram retirados temporariamente do Portal de Compras do Executivo na internet para corrigir erros formais. A assessoria da prefeitura garantiu que elas serão reinseridas no site. Com a eliminação dos dados, segundo o JC, não seria mais possível verificar o fato apontado pelo jornal de que empresas já prestavam serviços à Fundação de Cultura antes do fim da licitação.