Priscila Krause critica empréstimo ao banco Panamericano
Priscila lembrou que existem fundos privados para ajudar o sistema financeiro quando ele está em crise. Ela citou o Fundo Garantidor de Crédito, cujos recursos são depositados pelos próprios bancos. Citou ainda a existência do empréstimo compulsório, exigência do Banco Central aos bancos privados, onde parte daquilo que os bancos ganham, fica compulsoriamente no Bacen, justamente para garantir eventuais problemas. “Esses dois fundos garantem o sistema financeiro sem o uso de dinheiro público, ou seja, os bancos privados pagam por eventuais crises”.
A vereadora repudia essa operação porque ela não usou desses recursos, já que o Panamericano é um banco apenas de empréstimo. Segundo ela, “a ajuda da Caixa aconteceu por o presidente Luiz Inácio da Silva vetou emenda a uma lei de 2009 que previa a associação de bancos estatais a bancos privados, mas com o acompanhamento de uma comissão para garantir a lisura da operação. “No entanto, o presidente Lula vetou a emenda, permitindo que a compra seja feita sem o acompanhamento dessa comissão”.
Priscila alertou que toda a operação feita para ajudar “o banco de Sílvio Santos” não teve nenhum acompanhamento, foi realizada de qualquer maneira. “Pior ainda. Este banco fazia operações fraudulentas, como demonstram seus balanços. Isso é uma privatização dos lucros e do recurso público. O presidente Lula condenou o Proer - programa de ajuda aos bancos, na época do governo de Fernando Henrique Cardoso. Mas ele esqueceu que o Proer foi feito com recursos privados dos próprios bancos através do fundo garantidor e dos empréstimos compulsórios recolhidos ao Bacen. O Proer salvou o país e garantiu a estabilidade financeira que hoje desfrutamos. Vale lembrar que o Proer usou o equivalente a 2% do PIB, enquanto o Chile para salvar seu sistema financeiro usou 16% de sue PIB. Espero que a Polícia Federal entre no caso e garanta a transparência necessária a este escândalo”.
Em 16.11.10, às 18h.