Priscila Krause critica Plano de Mobilidade
“É verdade que a realização da pesquisa não é uma ação barata, mas a Prefeitura do Recife tem todas as condições para realizá-la. Estamos falando do futuro do Recife e não há como ficar chutando dados, se baseando em achismos”, argumentou. Ela também apresentou em plenário um power-point expondo exemplos do que considera ser falhas no projeto de lei que institui o Plano de Mobilidade. Entre os exemplos estão a questão da navegabilidade do Rio Beberibe. “Há áreas em que o rio não oferece condições de funcionar como corredor. Como vai caber barcos de transportes públicos e de cargas em trechos que não cabem um barco?”, questionou. Ela também citou o Canal do Arruda e o Canal do Jordão como locais onde as embarcações não comportam a passagem de carros.
Priscila Krause mostrou fotos da rua onde está localizado o Colégio Etepam, na Encruzilhada, onde o Plano de Mobilidade prevê a implantação de infraestrutura do transporte coletivo. E de avenidas importantes como a Santos Dummont e Conde da Boa Vista, onde seriam instaladas ciclovias e ciclofaixas. “A cidade está enfartada e não há a menor condição de que novos pontos atrativos e distribuidores de tráfego sejam liberados sem que se pense no amanhã. A Câmara precisa ter essa responsabilidade, principalmente a de apontar para um amanhã com mais qualidade de vida”, disse. Ela deu entrada no Departamento Legislativo no projeto de lei 141/2011, que institui medidas para o controle do adensamento urbano no Recife, que chamou de Lei Anticaos.
O vereador Romildo Gomes (DEM) parabenizou a vereadora pela abordagem do tema no plenário. “Tenho conhecimento de sua participação no Plano Diretor do Recife e a convoco para participar das reuniões da Comissão de Mobilização”, disse. A vereadora Aline Mariano (PSDB) disse que Priscila abordou o assunto com “muita propriedade” e que pensa igual a ela sobre o projeto de lei do Executivo. “O projeto tem muitas falhas, que precisam ser explicados e esclarecidos”, afirmou.