Priscila Krause lamenta que PCR usou apenas 10% da LOA

Apenas 10,6% do dinheiro orçado para este ano foi usado, nos seis primeiros meses, pela Prefeitura do Recife. Isso significa que a PCR desembolsou, para obras e serviço, R$ 111,16 milhões dos 1,04 bilhão previstos para todo o ano de 2012. Esses números, publicados em matéria do Jornal do Commercio, foram apresentados e lamentados em plenário pela vereadora Priscila Krause, durante reunião ordinária desta segunda-feira, 27. “É um valor que está muito abaixo das expectativas. É por isso que andamos no Recife com as calçadas cheias de buraco. As escolas municipais e os postos de saúde estão em situação de calamidade”, afirmou.

O orçamento do Recife, no total de R$ 1,04 bilhão, está previsto em investimentos e projetos que compõem a Lei Orçamentária Anual (LOA), discutida e aprovada em novembro do ano passado pelos vereadores. “Votamos aqui, em plenário, a peça orçamentária que determinaria o bom funcionamento da cidade e da gestão pública. Nós, vereadores, somos responsáveis pela LOA, que é uma das peças que motivam a existência do parlamento municipal. Através dela, discutimos os valores e projetos que seriam executados pelo Executivo. Mas, infelizmente, ela se restringiu a uma peça de ficção”, assegurou.

Priscila Krause disse que, nos próximos quatro meses, o Poder Executivo “ainda têm tempo para respeitar o povo do Recife”. Ela também convocou os colegas da casa, independentemente de fazerem parte da base aliada, dizendo que “nós vereadores também devemos fazer o que a oposição sempre faz: denunciar os desmandos e cobrar do Poder Executivo”.  Ela afirmou que, ao contrário dos recursos para realização de obras, o dinheiro para propaganda é utilizado. “O dinheiro para investimentos nesse sentido é previsto e aplicado”, acrescentou.

Dos R$ 111,16 milhões utilizados em obras, de acordo com denúncia do Jornal do Commercio e referendada pela vereadora, R$ 50 milhões foram consumidos na Via Mangue. “Mas, a Via Mangue não vai sair, pois no meio dela há um terreno de Marinha e isso ninguém viu antes de a obra começar. O problema é que administração pública não enxerga o que ela mesma vai fazer nesta cidade”, disse. Outros R$ 14,7 milhões foram para o Capibaribe Melhor, projeto que vai levar cinco anos para sair do papel.  “Enquanto isso, o Recife amarga o índice de ser a 26ª capital na qualidade da educação. Isso é o que nos envergonham, pois 26ª é quase 27ª, que é a última posição do ranking”, afirmou.

 

Em 27.08.2012, às 11h52.