Priscila presta homenagem à desembargadora Margarida Cantarelli

A desembargadora Margarida Cantarelli, presidente do Tribunal Regional Federal de Pernambuco, recebeu da vereadora Priscila Krause (DEM) justas homenagens pela saída dela do TRF, em virtude da aposentadoria compulsória imposta a todos que ocupam cargos dessa natureza e completam 70 anos de idade. A vereadora lamentou e considerou injusta a imposição da retirada de profissonais brilhantes por força da idade, quando estão no auge de seu intelecto. “Ainda que pertença a ordem das coisas imateriais, inatingíveis, ser justo é possível quando a justiça pode ser feita e, quando feita, a Justiça é absolutamente boa. Por isso quero ser justa com a desembargadora, para mim a dama da simplicidade e o exemplo de dignidade”.

Priscila frisou que no Brasil a rigidez da idade burocrática não cedeu sequer à força estatística do aumento da expectativa de vida do brasileiro que evoluiu para 70,6 anos homens e 77,7 mulheres. “A magistrada tem 10 anos de atividade no TRF, julgou mais de 57 mil processos, em dois anos decidiu pelo acatamento de mais de 11 mil recursos para o Supremo Tribunal de Justiça e para o Supremo Tribunal Federal, levou Varas para do TRF para 11 cidades do interior nordestino,  e entre outras realizações buscou sempre o equilíbrio entre o comando abstrato da lei e a aspereza da vida real.

André Régis (PSDB) lembrou com carinho da época em que era estudante de Direito e teve a desembargadora como professora, e como pelas mãos dela tornou-se também professor. “Sempre me senti como um afilhado dela e todos os alunos se sentiam assim. Ela foi fundamental na minha trajetória. Sua carreira foi brilhante no TRF, especialmente comprometida com as causas humanas. É uma perda para o Tribunal”.

Luiz Eustáquio (PT) congratulou-se com a homenagem feita à desembargadora. “Quando estive à frente de uma categoria no Sindsprev, em momentos difíceis ela nos orientou e nos recebeu muito bem. Ela fez de tudo dentro da legalidade para resolver e orientar a causa daqueles trabalhadores, muitos dos quais aposentados”.

Aline Mariano (PSDB) disse que se tratava de uma justa homenagem a uma pessoa que considerava uma mulher à frente de seu tempo, firme, reta, corajosa, humana, recebendo a todos sem distinção, e de braços abertos.

Em 17/03/2014 às 16h20