Problemas na gestão do Paço do Frevo são alvo de discurso de Ivan Moraes

Os problemas administrativos do Paço do Frevo preocupam o vereador Ivan Moraes (PSOL), que subiu à tribuna da Câmara do Recife nesta segunda-feira (10) para tratar do assunto. Em novembro deste ano, chegou ao fim o contrato da Prefeitura com o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), organização social que geria o espaço cultural. Segundo o parlamentar, a situação tem prejudicado a manutenção do Paço e o atendimento ao público.

Ivan Moraes recuperou elementos do caso – e lembrou que ele já havia lançado um alerta para o problema. “No final do mês de novembro, estive aqui nesta tribuna para repercutir que o contrato da organização social que geria o Paço do Frevo não havia sido renovado. A Prefeitura se apressou em dizer que era notícia falsa. Apresentou uma nota que dizia que o Paço funcionaria em regime especial em novembro e que estaria de volta para toda a população no dia 1º de dezembro. De lá para cá, o nosso mandato esteve no Paço do Frevo três vezes e a situação que vimos era lamentável. Pode-se dizer que está aberto, mas funcionando meia boca, sendo muito generoso.”

De acordo com o vereador, o Paço do Frevo possuía 33 funcionários. Apenas seis funcionários da IDG teriam restado, mas somente para lidar com a prestação de contas do contrato que venceu. Atualmente, nove pessoas trabalhariam diretamente para o Paço, sendo cinco estagiários de monitoria. Ivan Moraes relatou ainda que o equipamento estaria funcionando em horário reduzido, das 13h às 17h, e sem o funcionamento de espaços como o Centro de Documentação, a Sala de Exposição Temporária, e as salas de ensaio e dança.

Para Ivan Moraes, o modelo de gestão por meio de organizações sociais não é o melhor caminho para o Paço do Frevo. “O contrato com o IDG está encerrado. Houve licitação, na qual o mesmo IDG foi habilitado, mas a Prefeitura não chegou a um acordo financeiro. Estamos às vésperas de um período de férias, quando mais recebemos turistas. Temos criticado a Prefeitura pela contratação de organizações sociais porque quando acaba o contrato, acaba a responsabilidade. As organizações recebem mais recursos que outros programas, que estão à míngua. E, quando acaba o contrato, a Prefeitura não tem a competência de fazer a licitação a tempo.”

Em 10.12.2018, às 17h31