Projeto que torna Balé Popular do Recife patrimônio imaterial é aprovado
Em seu discurso, Ana Lúcia lembrou a história do grupo e afirmou que ele corre o risco de desaparecer. “O Balé foi fundado em 1977 e já representou os nossos folguedos em vários países. Hoje, ele está morrendo. Estivemos na sede para conversar com os atuais diretores e bailarinos e é doloroso ouvir o que acontece. Falta apoio. O Balé não tem condição de acolher os alunos. Ele não tem acesso à isenção da pauta do Teatro Santa Isabel, que já foi sua casa. Sua sede está com os alugueis atrasados e o grupo está na iminência de ser despejado. Essa iniciativa popular que surgiu pelo ilustre Ariano Suassuna está sendo tratada como se não fosse nada.”
Em um aparte, o vereador André Régis (PSDB) se juntou a Ana Lúcia para lamentar os problemas que afetam o grupo. Ele sugeriu uma denúncia aos órgãos de fiscalização e controle para lidar com a situação. “É responsabilidade de todos nós a preservação do nosso patrimônio. O que nós temos está sendo destruído pela incompetência. Nenhuma instituição sobrevive a um descaso de mais de uma década, como é o caso do Balé Popular do Recife.”
O vereador Ivan Moraes (PSOL) considerou que não há uma política estruturada de cultura na cidade. “O grande foco da nossa crítica precisa ser a completa falta de uma política cultural. Deveríamos ter um sistema de incentivo à cultura, que foi criado por lei mas não teve edital. Deveríamos ter teatros e museus funcionando plenamente. A maior parte dos recursos da cultura vai para os eventos. O Balé do Recife precisa de socorro e é nosso dever fazer com que esse socorro venha.”
Em 20.02.2018, às 16h52