Projeto sobre “Telhado Verde” é discutido pela Comissão de Meio Ambiente

O Projeto de Lei 067/2013, do Executivo Municipal, que prevê a implantação do “Telhado Verde” e construção de reservatórios de acúmulo ou de retardo do escoamento das águas pluviais nas edificações habitacionais multifamiliares com mais de quatro pavimentos e não-habitacionais com mais de 400m² de área de coberta, foi discutido na manhã desta terça-feira, 1º de julho, pela Comissão de Meio Ambiente, Transporte e Trânsito. A reunião teve a presença dos vereadores Jurandir Liberal (presidente da Comissão e relator do projeto) e Priscila Krause e da presidente do Instituto Pelópidas Silveira, arquiteta Evelyne Labanca.

O projeto foi tema de uma audiência pública realizada pela Câmara no dia 27 de março e  atualmente está sendo analisado pela Comissão de Meio Ambiente. De acordo com o texto, “o Telhado Verde constitui-se em cobertura vegetal das edificações, tem como objetivo minimizar os efeitos decorrentes do aumento das temperaturas de superfície e consequente formação de ilhas de calor, provocadas pela crescente redução das áreas verdes e excesso de áreas com solo impermeabilizado. A cobertura vegetal gera também conforto térmico e acústico, diminuindo a reverberação ao absorver e isolar ruídos, reduzindo também significativamente a necessidade de energia para climatização de ambientes”.

 

“Fizemos uma primeira discussão e convidamos Evelyne Labanca para que viesse nos dar alguns esclarecimentos antes da conclusão do nosso parecer”, explicou Jurandir Liberal. Uma das dúvidas está relacionada à questão da construção dos reservatórios e a capacidade de drenagem do solo. “Os reservatórios de acumulação ou de retardo são dispositivos técnicos a serem utilizados num esforço de redução do escoamento superficial das águas de chuva. A acumulação da água de chuva aumentará a capacidade de retenção das águas pluviais no momento de pico de grande precipitação pluviométrica, minimizando pontos de alagamentos na cidade e potencializando a economia do consumo de água potável”, diz a justificativa do projeto.

 

A presidente do Instituto Pelópidas Silveira disse que o projeto trará muitos benefícios para o Recife. “Teremos uma cidade menos quente e com menor acúmulo de água da chuva que provoca ainda tantos alagamentos”, disse ela. Um novo encontro entre a Comissão de Meio Ambiente e Evelyne Labanca ficou marcado para o início de agosto com a presença também de um especialista em drenagem. “A partir daí poderemos fechar nosso parecer”, concluiu Jurandir Liberal.

Em 01.07.2014, às 13h58