Projetos de Múcio Magalhães serão votados hoje
Ambos os projetos já receberam pareceres favoráveis das comissões por onde transitaram. Recebendo aprovação na votação de hoje, voltarão para uma segunda e última análise do plenário. Ao justificar o projeto número 168, o vereador disse que “lembrar as gerações presentes e as futuras do legado de Josué de Castro é uma obrigação de todos que têm compromisso com o combate a fome e a miséria. Ao fazer esta homenagem a Josué de Castro, dando seu nome a um dos viadutos que cruzará a Avenida Agamenon Magalhães, faz-se uma pequena fração do reconhecimento que esse grande recifense merece ter.”
O médico, geógrafo, cientista social, professor, político e escritor Josué de Castro nasceu no Recife, em 5 de setembro de 1908 e faleceu no exílio em Paris, em 24 de setembro de 1973. Entre os diversos livros e ensaios publicados por ele, o mais famoso é Geografia da Fome. Publicado em 1946, o livro apresentou um dos mais profundos estudos sobre a questão da insegurança alimentar no Brasil. Para escrever o livro, Josué viajou e resolveu dividir o País em cinco áreas alimentares: a amazônica; o Nordeste açucareiro; o sertão do Nordeste; o Centro-Oeste e extremo Sul, aprofundando o estudo sobre o processo de colonização, da produção de alimentos e nutrição, ou falta dela, identificou as causas e conseqüências da fome e da desnutrição dos povos de cada uma dessas áreas.
Já o projeto número 171 diz que a permissão para utilização, a título precário, de áreas públicas para a realização de eventos não gratuitos, de curta duração, de natureza recreativa, esportiva, cultural ou educacional, estará condicionada à reserva de cinco por cento dos ingressos para distribuição gratuita entre entidades beneficentes de assistência social, escolhidas pelo Conselho Municipal de Assistência Social. “Recife tem uma população de 1.537.704 habitantes, desses, 39,46% são pobres, de acordo com o censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Ao apoiar a realização de eventos dessa natureza, permitindo o uso de espaços públicos, o Poder Executivo Municipal deve ter por objetivo democratizar o acesso das pessoas. Mas os preços dos ingressos terminam sendo inacessíveis a renda de enorme parcela da população do Recife.”
Em 13.02.2012, às 12h10.