Raul sugere CPI dos transportes
Raul foi mais adiante lembrando que a frota com acessibilidade para pessoas deficientes é de apenas 30%. O vereador lembrou ainda que o reajuste das tarifas é feito com base no IPCA, sem considerar outros fatores. “De 2002 a 2012 a inflação foi de 125%, mas a tarifa subiu 197% no mesmo período. O IPEA, organismo do governo federal, defende a tarifa zero para 7,5 milhões de habitantes no país que não conseguem pagar a passagem e se deslocar para trabalhar. É preciso reduzir PIS, Cofins, ISS municipal e impostos estaduais para baixar o preço ou dar isenção a esse trabalhadores. Precisamos do transporte social integrado”.
Jayme Asfora (PMDB) concorda que há problemas de mobilidade, mas lembrou que muito está sendo feito, e apontou os investimentos em ciclofaixas e ciclovias com rotas integradas, faixas para ônibus, e recuperação de calçadas. “Presidi a Comissão do Passe Livre e no relatório final sugeri o passe livre para todos os estudantes da rede municipal, do ProUNi e do Pronatec”. Jurandir Liberal (PT) afirmou que não vê motivação suficiente para uma CPI. Ele reclamou que o colega incitava os pares a assinar o pedido e aqueles que forem contra poderão vir a ser cobrados por seus eleitores por discordarem, como ele. “Não entendo o colega chamar de caixa preta dos transportes e não concordo com a provocação que faz aos colegas. Queremos fazer o debate sobre transporte, mas não através de CPI”.
Vicente André Gomes (PSB) também disse que não conseguia entender a razão de uma CPI municipal. “Acho que o colega deveria sugerir uma CPI estadual porque o transporte é metropolitano. O Recife faz parte do consórcio estadual e neste caso seria o mesmo que sugerir uma CPI da Petrobras na Câmara do Recife”. Almir Fernando (PCdoB) acha que o debate deve ser feito em reuniões e audiências públicas.
Gilberto Alves (PTN) lembrou que o debate sobre transporte vem acontecendo em diversas frentes e que medidas estão tomadas para melhoria da mobilidade e do sistema. “As ações só vão se refletir mais na frente. O BRT é uma realidade e a implantação da malha cicloviária está em estudo, sem contar com os corredores de ônibus e túneis em andamento”. Gilberto disse ainda que esperava a indicação de um fato gerador que levasse à criação de uma CPI, e esse fato não veio. “Não podemos gerar falsas expectativas na população sugerindo que uma CPI resolverá os problemas de mobilidade”.
Em 26/03/2014 às 17h33