Recife poderá ter dia de incentivo à doação de órgãos
Já os doadores mortos podem salvar vidas doando coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rim, córnea, veia, ossos, pele e tendão. O ato de doar é uma ação humanitária, um ato de solidariedade ao próximo. “Nos últimos anos, muitos avanços ocorreram na área de transplantes no Brasil, impactando no crescimento de 40% no número de doações. Entretanto, o país ainda tem um grande desafio pela frente, pois o número de doadores é significativamente menor do que a necessidade de órgãos para transplantes. É fundamental um apelo com grandes repercussões. São aproximadamente 70.000 pessoas (2007) aguardando por um transplante”.
Eurico Freire esclarece que de cada 10 pernambucanos inscritos na fila da Central de Transplantes de Pernambuco, 9 são renais. O número diminuiu com relação a 2012, quando havia 1.725 pessoas na lista de espera apenas para este órgão. No entanto o rim pode ser doado em vida e por isso é essencial que todo familiar que tenha um paciente fazendo hemodiálise, no Estado, procure clínicas e peça para ser doador. “Além das pessoas que precisam de doação de rins, outros 143 pacientes em Pernambuco precisam de um fígado, 83 aguardam uma córnea; 44 medula; 13, um coração; e 3 precisam de um transplante simultâneo de rins e pâncreas”.
O vereador diz que houve avanços na doação de órgãos. Em 2010 houve crescimento contínuo na taxa de doação e transplantes no país, tendo quase atingido o objetivo proposto (10 doadores por milhão de população - pmp), ficamos com 9,9 doadores efetivos pmp (aumento de 13,8% em relação a 2009), mas como passamos a utilizar a nova classificação proposta pela OMS, obtivemos 9,6 doadores efetivos com órgãos transplantados.
Mas com relação à taxa de doadores efetivos com órgãos transplantados, o estado de São Paulo ultrapassou a barreira dos 20 pmp, (21,2), seguida pelo estado de Santa Catarina (17,5 pmp). Entretanto, os estados da região norte necessitam um apoio mais forte, para reverter a sua situação (fonte: ABTO). Em países como a Espanha, essa relação chega a 35 pmp. A Argentina registra o número de 12 pmp. “No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS), financia mais de 95% dos transplantes realizados e também subsidia todos os medicamentos para todos os pacientes. É uma das maiores políticas públicas de transplantes de órgãos do mundo”.
Por isso Eurico advoga que quanto mais a população se conscientizar da importância de se tornar um doador, menor será a angustiante fila de espera por órgãos. Não enfrentamos grandes obstáculos á doação de órgãos no Brasil, visto que, todo o processo está regulamentado. É importante lembrar que a única forma de um indivíduo se tornar doador de órgãos, após a sua morte, é avisar seus familiares, manifestando, em vida, este desejo. “Só é possível a Doação de Órgãos no Brasil com a autorização familiar. Sendo assim, este é o foco desse Projeto de Lei. É necessária uma concentração de esforços para que os números aumentem cada vez mais”.
Em 15.07.2014, às 09h51