Relatório do Reciprev é apresentado em audiência pública

Com o objetivo de divulgar as ações referentes ao ano de 2017 do Reciprev, que é o sistema previdenciário e de saúde dos servidores públicos municipais, o vereador Gilberto Alves (PSD), que representa a Câmara Municipal no Conselho de Deliberação de Saúde do Recife (o plano de saúde do servidor), promoveu audiência pública na manhã desta terça-feira (5). “A questão da previdência é um assunto atual. Por isso, a apresentação do Relatório de Governança Corporativa da Autarquia Municipal de Previdência e Assistência à Saúde dos Servidores (Ampass) é muito importante. Esta audiência visa a dar conhecimento à população e aos vereadores do que vem ocorrendo com a previdência da cidade”, afirmou.

O diretor presidente da Ampass, Manoel Carneiro, afirmou que a divulgação das ações referentes ao exercício de 2017 atende às disposições do Programa de Modernização de Gestão (Pro-gestão). “Um dos requisitos para conseguir a certificação do Pro-gestão é justamente esse contato com a sociedade, para divulgar as ações, principalmente para com os segurados do sistema previdenciário municipal, que são os servidores da Prefeitura do Recife e da Câmara Municipal”, disse. As ações apresentadas pelo relatório forma de caráter de educação previdenciária, as atualizações de dados dos segurados, e as ações de aperfeiçoamento de atividades internas do Reciprev, no sentido de oferecer um serviço de melhor qualidade.

Entre as informações divulgadas, a mais importante diz respeito ao patrimônio financeiro do Reciprev. Em 2012, ele tinha um ativo financeiro da ordem de R$ 630 milhões e em dezembro de 2017, alcançou a marca de R$ 1 bilhão, 930 milhões. “Esse resultado deveu-se à gestão de gerência de investimentos e da política de investimentos feita com base em análise aprofundada na realidade brasileira”, argumentou Manoel Carneiro. O Reciprev foi criado em 2001, por força da Emenda Constitucional número 20, de 17 de dezembro de 1998, que promoveu alterações no regime nacional de Previdência. Na época, a Prefeitura do Recife criou o seu próprio órgão previdenciário, ficando independente do Ipsep. Em 2005, ainda seguindo o que determina a Emenda Constitucional, foi feita a segregação interna: os servidores que tinham ingressados até 16 de dezembro de 1998 ficaram no sistema Recifin. E os demais, no Reciprev.

O gerente de Investimentos, José Marcos Alves de Barros, disse que as aplicações dos recursos captados pelo Reciprev, no exercício de 2017, foram feitas em rendas fixa e variável, de acordo com as orientações do Conselho Deliberativo. “A tendência para 2019 é continuar fazendo aplicações com a renda variável, uma vez que a banda está proporcionando um grande retorno”, disse. A meta atuarial para 2019 é conseguir um rendimento, nas aplicações, do IPCA mais 6% ao ano.

A gestora de Controle Interno, Juliana Giestosa, explicou que o Reciprev persegue a certificação do Pro-gestão (uma espécie de controle de qualidade das boas práticas previdenciárias) que pressupõe três pilares: controle interno, governança corporativa e educação previdenciária. “Para conseguirmos a certificação, temos que percorrer quatro níveis. Já estamos no nível de número dois. Até abril, objetivamos chegar ao terceiro. Dessa forma, seremos o primeiro regime próprio de Previdência Social a conseguir o altíssimo nível”, disse.

A gerente de Previdência, Ana Paula Almeida, disse que o Ampass tem crescido “e ganhou visibilidade em nível de Brasil, mas continuaremos buscando o comprometimento com nossos pensionistas”. A Prefeitura do Recife e a Câmara, juntas, têm em torno de 9 mil servidores aposentados e pensionistas. O Recifin atinge uma despesa mensal de R$ 20 milhões, com os benefícios e aposentadorias. O Reciprev, R$ 9 milhões.


Em 05.02.2019, às 11h45.

registrado em: gilberto alves