Renato Antunes acha prematuro julgar vazamentos da Lava Jato

O vereador Renato Antunes (PSC) argumentou que é prematuro julgar os recentes vazamentos sobre conversas entre promotores e juízes da Lava Jato, no julgamento e prisão do ex-presidente Lula, divulgados pelo portal Intercept este final de semana. Para ele se houve delito precisa ser apurado e punido e que os culpados paguem,mas não se poderia demonizar uma operação que trouxe dinheiro desviado de volta para o país e prendeu criminosos. Ele disse na tarde dessa segunda-feira (10) na Câmara do Recife que "é grave, mas não podemos dizer que está tudo errado".

Renato Antunes lembrou que os 14 milhões de desempregados é herança de outros governos. Para ele, a pauta mais importante é a reforma da previdência e com este vazamento está sendo postergada e com isso o país fica parado. “É irresponsabilidade com o país banalizar a operação, sendo uma tentativa de inviabilizar o país. A reforma teve adesão do governo de Pernambuco e da Prefeitura. Falar mal na imprensa é uma coisa mas foram lá pedir para incluir Estado e Município no texto da reforma”.

Eriberto Rafael (PTC) acha importante revelar essas conversas em momento tão difícil de nossa vida e do país. “Muito triste o envolvimento do Ministério Público e o juiz da operação aconselhando no que fazer. Esse é um governo sem rumo, sem programa. Quando Dilma era presidente aconteceu a mesma coisa. O importante é que a verdade venha à tona. Há pessoas sérias e honradas na política e no judiciário”.

O vereador ressaltou que a reforma não é a salvação de tudo até porque ninguém abre as contas da previdência. “Não sabemos de quanto é o rombo, o que causa o rombo, qual deveria ser a reforma a se fazer e para quem fazer. Não sabemos, não conhecemos o relatório, as informações não circulam. A reforma trabalhista foi vendida como a salvação para o desemprego e até agora só se agrava. As atitudes do governo federal está levando o PIB a ficar negativo e só fala em reforma. Não há programa, não tem rumo”.

Almir Fernando (PCdoB) reclamou que não se sabe quem são as pessoas indicadas pelo governo federal e quem as indicou. Ele acha que Bolsonaro confunde  a população com reformas, afirmando que a vida vai melhorar retirando direitos, pagando R$ 400 para o BPC, quando a pessoa não consegue viver com os R$ 998 integrais do benefício. “Quem errou deve pagar, mas quem julga não pode aconselhar e fazer acordos impedindo entrevistas entre outras coisas. Juiz fazendo acordo para ser ministro da Justiça e depois ir para o STF”.

 

Em 10.06.2019 às 18h07.