Renato Antunes disse que estão politizando a questão do despejo de óleo no litoral

Ele garantiu que não é “o porta voz”, na Câmara Municipal do Recife, mas alegou que, no caso do enfrentamento ao desastre, “o Governo Federal está cumprindo um protocolo ambiental de 2013, que foi feito na gestão do PT e que é ineficiente”. O vereador informou que o Comando Militar do Nordeste disponibilizou 1 mil homens para uma eventual necessidade e que a Aeronáutica vem realizando sobrevoos para monitorar o avanço da mancha de óleo. “Está sendo feito o que é possível, mas estão politizando o debate e fazendo selfie para tirar proveito do problema. Mas, a hora é de darmos as mãos”, reafirmou.

Renato Antunes afirmou, ainda, que concorda com o vereador Ivan Moraes (PSol) que lhe antecedeu na tribuna da Câmara Municipal do Recife. “Nessa questão do enfrentamento ao desastre, faltou ousadia à Prefeitura do Recife, assim como Ivan Moraes acabou de dizer. O gestor já podia ter pedido um crédito suplementar, para conseguir dinheiro e se antecipar à situação de emergência. No entanto, a Prefeitura prefere dizer que não tem um real em caixa para despesas extras. Também não se decretou estado de emergência na cidade até agora, o que permitiria buscar um apoio emergencial”, afirmou. Além disso, Antunes fez críticas ao PSB, “que até agora não fez nada” e ao deputado federal João Campos, “que pediu uma CPI do óleo, como se isso fosse resolver o problema”.

O vereador André Régis (PSDB) pediu um aparte e disse que tinha acabado de receber um telefonema do prefeito em exercício, Luciano Siqueira, que o procurou para dar esclarecimentos sobre o desastre. “Ele me relatou sobre o que a Prefeitura está fazendo. Informou que há um gabinete de crise devidamente organizado e com reuniões sistemáticas, para acompanhar o desenvolvimento da crise”. Ainda segundo Régis, o prefeito em exercício também lhe garantiu que já procurou as universidades Federal (UFPE) e a de Pernambuco (UPE), no sentido de organizar grupos de voluntários e garantir equipamentos de prontidão para uma eventual chegada do óleo às praias recifenses.

“Neste sentido, quero registrar que eu me sinto contemplado com as explicações do prefeito em exercício”, analisou. O vereador disse, ainda, que tem a esperança de que “o pior não aconteça, pois o desastre pode ter impactos negativos em nossa economia e no setor de turismo, em especial”. Ele lamentou não se saber qual é o estágio da atual crise. “Não sabemos se estamos no seu início ou no fim. Por isso, é importante que o Governo Federal assuma a liderança do processo. E a serenidade precisa presidir esse debate”, recomendou.


Em 22.10.2019, ás 17h42.