Renato Antunes ressalta que é tempo de se disseminar a paz

O vereador Renato Antunes (PSC) enalteceu a democracia e a vitória nas urnas do presidente eleito Jair Bolsonaro. Na tribuna da Câmara Municipal do Recife, na tarde desta segunda-feiura (29) o parlamentar destacou os mais de 56 milhões de votos obtidos e disse que é preciso combater qualquer forma de violência. “Aprendemos na escola que a democracia é o poder que emana do povo. Quero me posicionar, tomar partido, defender aquilo que queremos. Somos um só corpo, um só Brasil. Qualquer tipo de violência tem de ser combatida”. Destacou também que ser chamado de torturador e fascista também é ofensivo.

“Fui militar da reserva e aprendi que a palavra convence e o exemplo arrasta. Não podemos combater violência quando aplaudimos um maluco que quase matou o presidente”, disse o vereador, se referindo ao atentado sofrido por Jair Bolsonaro durante ato político em Juiz de Fora (MG). “Eu acredito que temos uma democracia jovem e madura,  a maior da América Latina.  Temos poderes independentes e harmônicos. Aqui fica a minha torcida. Precisamos desarmar palanques entender que todos nós somos brasileiros.  E precisamos dar condições para ele fazer um bom governo, com uma  oposição com responsabilidade”.

O vereador admitiu que a oposição tem o papel da resistência, mas há muitas formas de se posicionar. “Resistir é também o pai de família que sai para procurar emprego há dois anos e não desiste. É a mãe que perde seus filhos para a violência;  é o professor que apesar das condições resolve dar aula. Ser resistente é uma jovem negra ser estuprada por um menor de idade que vai ficar livre, por isso defendo a redução da maioridade penal". Afirmou, então, que a  “política boa é a política boa para todos. É hora de tirar  a camisa do partido  “A” ou “B” e vestir a camisa do Brasil".

Então, o  vereador Jayme Asfora (PROS) parabenizou-o por seu discurso, mas afirmou  que é contra a  redução da maioridade penal. “Há pesquisas que mostram que a redução não resolve”. Também disse que é contra o armamento da sociedade. “Armar a sociedade também não resolve.  Vai sim dar dinheiro a indústria armamentista, que financiou a campanha de Jair Bolsonaro”.  Para ele o resultado das urnas mostra que muita coisa tem de se aprendida e citou a importância das redes sociais em detrimento do tempo de TV.

“Eu tenho severas críticas ao PT, não votei em Temer ou em Lula, mas o meu voto agora foi de exclusão. Como foi de exclusão o voto branco e  nulo”. Jayme Asfora ressaltou também que  Renato Antunes tem razão em dizer “que é hora de se desarmar os palanques e disseminar a paz”.

Em 29.10.2018, às 19h12