Rinaldo Junior anuncia audiência pública sobre Base Nacional Comum Curricular

O vereador Rinaldo Junior (PRB) anunciou a audiência pública que realizará nesta quarta-feira (12), às 14h, para debater a nova versão da “Base Nacional Comum Curricular” da educação básica (BNCC), que vem suscitando polêmica desde que foi homologada no ano passado pelo então ministro da Educação Mendonça Filho. “A BNCC será muito mais útil para o exercício de um controle antipedagógico do trabalho docente do que para dar apoio e subsídios ao trabalho das educadoras e dos educadores”, criticou, durante a reunião ordinária desta terça-feira (11).

Rinaldo Junior abordou alguns pontos que serão analisados e debatidos durante a audiência pública, prevista para ocorrer no plenarinho. Ele citou, entre outros tópicos, o ensino religioso, o conteúdo de história, a língua inglesa, conceito de gênero e educação infantil. “A base curricular praticamente recria a experiência de séries no ensino fundamental, conflitando com a lógica pedagogicamente mais avançada de ciclos”, avaliou o vereador, que pretende colocar em discussão a opinião de que a BNCC reduz o trabalho pedagógico com os alunos a uma lista de conteúdos “que devem ser cumpridos e equivocadamente transmitidos”.

Professores, pais de alunos e estudantes foram convidados para a audiência pública. “É importante que todos estejam participando, para tirar dúvidas e ampliar conhecimentos. Este tema merece um debate amplo, para o qual todos devemos estar preparados”, afirmou. “O texto é criticado por insistir numa visão fragmentada do conhecimento e do desenvolvimento humano, por invisibilizar questões como, por exemplo, a identidade de gênero e a orientação sexual”, afirmou.

O vereador criticou a Base Nacional Comum Curricular no que diz respeito ao ensino religioso porque o documento homologado libera o tema para ser optativo da escola; na questão do conteúdo de história, faz restrições à BNCC “porque a História passa a ser organizada segundo a cronologia dos fatos”. Rinaldo Junior também discorda do fato de a língua inglesa ser obrigatória na educação básica, assim como o conceito de gênero não ser trabalhado como conteúdo.



Em 11.09.2018, às 16h.