Rinaldo Junior pede coerência política a vereadores
O projeto de lei dispõe sobre a criação do Prêmio "Escola do Futuro", que tem o objetivo de valorizar o trabalho realizado pelos professores no que diz respeito ao desempenho dos estudantes do 6º ao 9º ano das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (anos finais do Recife). A iniciativa do Executivo tem como base a necessidade de fortalecer os processos de ensino e aprendizagem através de uma política de valorização do desempenho coletivos dos profissionais de educação diretamente envolvidos no cotidiano do espaço escolar.
“Quem falou antes de mim e aproveitou para fazer crítica à gestão, tirando o foco do projeto de lei, esqueceu de dizer que o Prêmio varia de R$ 3 mil a R$ 9 mil. E esse valor é substantivo. Além disso, a gratificação que vai agregar pode chegar a R$ 700. Isso é o principal. Quando, no passado, falávamos aqui Câmara de escola do futuro eu chegava a me arrepiar, pois nenhuma proposta passava pelo reconhecimento e valorização do professor. Valorização e reconhecimento, para mim, tem a ver com um dinheirinho a mais no bolso do profissional. Não é o caso desse projeto, que é muito bom”, disse Rinaldo Júnior.
Ele acrescentou que os vereadores precisam, no atual momento da política e da economia brasileiras, identificar quem são os inimigos da educação e não se limitar às questões de oposição à gestão da Prefeitura. “Nós sabemos que os inimigos da educação e dos professores não estão aqui, mas em Brasília”, alertou.
O vereador João da Costa (PT) pediu um aparte e elogiou o discurso de Rinaldo Junior. Ele também cobrou coerência nos discursos. “Um vereador não pode cobrar qualidade para a educação do Recife e apoiar o presidente da República, que desqualifica a educação brasileira”. Segundo ele, quem se diz a favor da educação, deveria ter comparecido às manifestações de rua que ocorreram no dia 15 de maio. “Também não adiante criticar a educação pública municipal do Recife e achar que as escolas de Olinda e Jaboatão são uma maravilha. Como se a qualidade da educação fosse ruim apenas no Recife”, disse.
João da Costa reconheceu que o projeto de lei, que foi aprovado pela unanimidade, era bom. “Preciso fazer justiça e reconhecer que o projeto de lei é bom. Eu reconheço as qualidades do projeto de lei, até por que sou um político que defende a educação. No ano 2000, 30% das crianças do recife estavam fora da sala de aula porque não havia escolas. E hoje , tem escolas. Quando eu fui prefeito do Recife soube valorizar a educação, pois contratei 3.600 professores e nomeei uma professora para a Secretaria de Educação”, acrescentou.
Em 20.05.2019, às 17h.