Rinaldo Júnior se posiciona contra alteração de prazos para contratação temporária no município

Uma proposta de autoria da Prefeitura do Recife gerou um intenso debate na Casa de José Mariano nesta segunda-feira (26). O projeto de lei de autoria do Poder Executivo nº 03/2018, aprovado em primeira e segunda votações nesta tarde, busca alterar a contratação de servidores temporários para o prazo de quatro anos, prorrogável por mais quatro. Hoje, esse prazo é de dois anos, prorrogável por mais dois. Com as galerias repletas de professores efetivos e temporários – o que concentrou o debate na área da educação – o vereador Rinaldo Júnior (PRB) subiu à tribuna para justificar seu posicionamento sobre a matéria.

Em seu discurso, o parlamentar salientou a complexidade da decisão. “Defender a classe trabalhadora, para mim, é um orgulho e uma necessidade para que eu possa chegar em casa todos os dias sabendo que fiz o meu dever. Eu entendo que a valorização do trabalhador na educação é, sim, por meio de concurso público. São as garantias de trabalho que elevam a qualidade do ensino. Entendemos os casos em que nos deparamos com servidores públicos que pedem licença, se aposentam ou engravidam, e que aí é necessário um contrato temporário. Com esse projeto sendo aprovado, vamos deixar nas mãos da administração municipal uma arma de manipulação e opressão. Se aprovarmos este projeto vamos acabar com o concurso público no município.”

Em um aparte, o vereador Ivan Moraes (PSOL) também se manifestou de forma contrária à aprovação do projeto. “É preciso pontuar o que está em jogo. Esse talvez seja o voto mais difícil neste período que temos de legislatura. Amanhã, a imprensa e os jornalistas que furam o filtro da grande imprensa vão disputar várias narrativas. Que voto será bom para o trabalhador? Hoje, temos um compromisso. Aqueles que defendem o Estado garantidor de direitos precisam votar contra esse projeto do Executivo.”

Após as discussões os vereadores registraram seus votos ao projeto. A iniciativa recebeu 22 votos favoráveis e seis contrários na primeira votação. Na segunda votação, 22 vereadores se posicionaram a favor e três contra.

Em 26.03.2018, às 17h13