Rodrigo Coutinho comemora aprovação de projeto sobre reciclagem

Um projeto de lei de autoria do vereador Rodrigo Coutinho (SD) que cria novas regras para a política de reciclagem do município foi aprovado em segunda discussão pela Câmara do Recife na última segunda-feira (12). A matéria, que altera a Política de Meio Ambiente da capital, visa estabelecer um novo modelo de separação do lixo e a obrigatoriedade de separação seletiva nas escolas particulares. Na tribuna da Casa de José Mariano, o parlamentar comemorou na tarde desta terça-feira (13) a aceitação da proposta.

Atualmente, a lei municipal nº 16.243/2018, que disciplina o tema, prevê a separação do lixo apenas em duas categorias: seco e molhado. Caso o novo projeto seja sancionado pelo prefeito do Recife, a coleta será feita em seis categorias divididas por cores: azul para papel e papelão, vermelho para o plástico, verde para materiais em vidro, amarelo para metais, cinza para resíduos não recicláveis ou contaminados, e marrom para resíduos orgânicos. O novo sistema obedece a resolução nº 275 do Conselho Nacional do Meio Ambiente. Já a extensão da separação às escolas particulares alarga o número de estabelecimentos com esse encargo – hoje, apenas órgãos públicos da administração e unidades de ensino municipais estão obrigadas a fazer essa seleção.

Em seu discurso, Rodrigo Coutinho afirmou que a reciclagem tem impactos sociais e econômicos positivos. “Os resíduos sólidos não devem ser uma pauta apenas dos ambientalistas. Temos o dever de encaminhar essa questão de forma a favorecer o Recife como um todo. Falar sobre reciclagem é falar sobre economia sustentável, saúde pública, meio ambiente e turismo. Os órgãos de limpeza têm dado o melhor de si, mas precisamos da colaboração das pessoas. Precisamos revisar nossa legislação para nos adequarmos a uma realidade sustentável. O Brasil deixa de ganhar R$ 3 bilhões pelo descarte incorreto do lixo. No Recife, 516 mil toneladas de lixo domiciliar são produzidos anualmente. Mais de 98% do lixo produzido aqui não é reciclado.”

O vereador André Régis (PSDB) afirmou, em um aparte, que a relação de uma sociedade com o lixo pode gerar economia ou custos – e que o Recife tem escolhido a segunda opção. “O lixo é simbólico no Recife. Vivemos em uma cidade em que é difícil encontrar alguém que diga que ela é limpa. Se a população soubesse o quanto se gasta com limpeza e o quanto poderia ser economizado, talvez tivesse outro tipo de comportamento. O problema da sujeira na nossa cidade é uma vergonha. O fato é que, em sociedades com um alto grau de civilização, o lixo é transformado em riqueza. Aqui, transformamos o lixo em mais despesa.”

Em 13.11.2018, às 18h55